Neste momento, o que sinto é que (e usando a expressão de um livro), só o amor é real. Tenho vindo a ficar reduzida ao mínimo, tudo o que é supérfluo por uma via ou por outra tem-me sido retirado sem qualquer meiguice. Não falo de questões materiais, falo de crenças. Todas elas, as crenças, caem à velocidade da luz. E na essência, considero-me mais perto de a qualquer momento poder vir a receber-me novamente de volta a casa.
Uma das crenças, associada ao amor, tem-me feito perceber da questão da incondicionalidade do amor. Tudo o que não pertence ao amor, tudo o que confunde o amor, ou melhor dizendo, tudo aquilo que nos distrai do foco do amor, tem sido colocado para trás das costas mal se observa o intuito da distracção. Não sei se é a isto que se pode chamar de observar fora de nós. Mas considero que deve de andar lá por perto.
O centramento nos problemas, desgasta, corrói e desidrata qualquer relação. E às vezes de uma forma irreversível. O foco no amor, na cumplicidade, da não existência de temas tabus, de se chamarem os nomes às coisas faz com o Amor seja uma presença constante. As interferências externas, podem estar sempre por perto mas nunca entrarem no jogo da relação a dois. Elas, não pertencem aí. Mas essa é uma escolha, a de não entrarem, tal qual como quando se permite que entrem. O truque aqui, a meu ver, é constância da presença, do estar juntinho a todo o momento para encarar a realidade como ela é. E não importa qual é a cor, qual é a tonalidade do mundo cá fora. O que importa é a cor que se quer dar a todo o momento à celebração da vida, da existência e do Amor. O que importa de facto, é olhar para aquilo que é verdadeiramente importante, o encontro de duas Almas que se querem bem em qualquer circunstância.
Saudações Neptunianas!