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sábado, julho 18, 2009

Da Transformação

(Carta de Tarot o Julgamento do Baralho Shadowscape)

Os últimos tempos têm sido no mínimo complexos. A expressão mais usada tem sido: “a realidade não consegue superar a ficção!” E é um facto que assim o é. É incontornável, irrefutável e inegável.

Neste momento, o que sinto é que (e usando a expressão de um livro), só o amor é real. Tenho vindo a ficar reduzida ao mínimo, tudo o que é supérfluo por uma via ou por outra tem-me sido retirado sem qualquer meiguice. Não falo de questões materiais, falo de crenças. Todas elas, as crenças, caem à velocidade da luz. E na essência, considero-me mais perto de a qualquer momento poder vir a receber-me novamente de volta a casa.

Uma das crenças, associada ao amor, tem-me feito perceber da questão da incondicionalidade do amor. Tudo o que não pertence ao amor, tudo o que confunde o amor, ou melhor dizendo, tudo aquilo que nos distrai do foco do amor, tem sido colocado para trás das costas mal se observa o intuito da distracção. Não sei se é a isto que se pode chamar de observar fora de nós. Mas considero que deve de andar lá por perto.

O centramento nos problemas, desgasta, corrói e desidrata qualquer relação. E às vezes de uma forma irreversível. O foco no amor, na cumplicidade, da não existência de temas tabus, de se chamarem os nomes às coisas faz com o Amor seja uma presença constante. As interferências externas, podem estar sempre por perto mas nunca entrarem no jogo da relação a dois. Elas, não pertencem aí. Mas essa é uma escolha, a de não entrarem, tal qual como quando se permite que entrem. O truque aqui, a meu ver, é constância da presença, do estar juntinho a todo o momento para encarar a realidade como ela é. E não importa qual é a cor, qual é a tonalidade do mundo cá fora. O que importa é a cor que se quer dar a todo o momento à celebração da vida, da existência e do Amor. O que importa de facto, é olhar para aquilo que é verdadeiramente importante, o encontro de duas Almas que se querem bem em qualquer circunstância.

Saudações Neptunianas!

quinta-feira, julho 16, 2009

Uma Lavagem...

.. uma nova imagem.

Há muito tempo que queria mudar o visual do blog. Estava desactualizado, estava ultrapassado, estava gasto..! Tal qual como algumas relações que já foram e existiram no passado, mas que alguns teimam em ficar presos a elas, numa tentativa revivalista de que a relação possa surgir assim como que por um passe de mágica no presente... Será que ainda não se aprendeu que ninguém é de ninguém?

Mas adiante, isso são outros mil!

Este blog tem nova imagem! E agora que lhe ganhei o gosto, não sei por quanto tempo é que ele vai ficar assim. A ideia é que este blog fique com uma cara positiva, a transpirar felicidade, e possivelmente mudar de imagem com alguma frequência - a imitar a inconstância da vida. ;)


Até já!

terça-feira, fevereiro 10, 2009

IUPII!

O Universo, é definitivamente inteligente. Estou verdadeiramente feliz... Hoje, pelas circunstâncias e posturas face à minha decisão, só posso concretizar que estou no caminho certo. Estou no meu caminho...!

Na sequência do turbilhão de emoções levadas ao extremo nos passados dias, resolvi ver qual o trânsito astrológico seleccionado pelo site astro.com.

.. Como não tenho palavras que possam descrever o que se passa comigo, vou copiar o trânsito seleccionado para o dia de hoje.

Maior conscientização
Válido durante muitos meses : Este trânsito, que ocorre por volta dos vinte e oito anos, faz as pessoas se conscientizarem que são adultas. Você provavelmente julgará inadequadas todas as estruturas de vida que a vêm acompanhando desde a infância e a adolescência. Reconhece que cresceu e quer assumir seu lugar entre os adultos, deixando de ser considerada uma criança. Por isso, procurará tornar-se independente das limitações que a prendiam enquanto criança, tentando definir sua forma de pensar o mundo. Se antes achava bom que houvesse consenso no modo de pensar de seu círculo de amigos, você talvez mude de idéia agora. Enquanto era uma jovem adulta, relativamente insegura da própria auto-suficiência, isso pode ter funcionado bem. Daqui por diante, você quer ter seu próprio modo de pensar.
É provável que neste momento você mude significativamente sua vida, a fim de atingir uma expressão mais perfeita de sua individualidade. Talvez decida romper com um relacionamento íntimo para livrar-se das restrições que ele lhe impõe, buscando relacionamentos mais adequados a suas necessidades.


Trânsitos selecionados para hoje: Urano Trígono Urano, exato às 18:15 Período ativo do início de Abril 2008 até o início de Março 2009

A propósito o relacionamento intímo... é o relacionamento com o meu trabalho!

Vamos VOAR? Vamos...!

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Foi Hoje..

Uma guerreira, continuará a ser guerreira se desatar num pranto avassalador?

Hoje, agora mesmo, despedi-me do meu trabalho. E com essa luta, que hoje se deu por terminada, as lágrimas somadas são um rio a correr com uma violência gritante. Será que é desta que consigo regressar ao mar? É que, novamente, a vida quer voltar a surgir em mim.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Menos Já Começa a Ser Demais


É oficial... 12 Kg a menos. Não faço ideia como eles, os 12, foram para o ar. Qualquer dia desapareço.

quinta-feira, maio 10, 2007

Nem sempre é fácil...

Já pensaram nas pessoas que nos aparecem pelo caminho?

E nas situações com que nos deparamos, já pensaram?

Eu penso nisso com alguma regularidade. Tento dissecar, analisar e perceber o padrão.

E a vida vai sempre trazendo os testes. Esses, os testes, que aparecem a cada vez com camuflagens mais e mais requintadas, servem para nos alertar da necessidade de apurar os nossos sentidos não sensoriais. Afinam aquilo que precisa ser trabalhado.

Tive mais um desses testes. Reconheci aquela energia a partir do momento em que a vi. Primeiro aquele vício visceral de querer ver, sentir, cheirar, ouvir e gostar. Arrepiei-me e reconheci. "Conheço-te", pensei.

Confirma-se, reconheço-a.

O desejo quer percorre-la. Respirá-la. Cada célula do corpo estremece em sintonia e é permeável a tudo o que não pertence a este mundo. Por momentos a razão deixa de existir e a vontade da entrega é movimento inconsciente.

De repente, a memória abre a porta e pergunta: "mas isso eu já vivi, não é?"

Lamento-me ao dizer que sim.

Fico triste porque me apetece, mas não me quero em repetição. Mas fico feliz, muito feliz, por saber que já consigo ver antes de lá estar.

sexta-feira, maio 04, 2007

Intermitências

Falemos.

E continuemos a falar. E mais ainda, falemos.

No outro dia, parece que nasceu um mim uma outra pessoa. Não foi assim, de um momento para o outro. Ela andava a tentar crescer para poder ter forma cá forma. Andava à procura de uma forma nova para mim. Fui construindo. Diariamente. Lentamente. Andava ansiosa para ver como seria. Não fazia ideia de como poderia ser, sabia e afirmava que teria que ser decidida. Tinha que ser assertiva, tinha que ter acesso ao poder interior e usá-lo com clareza e objectividade. Sabia que tinha de ser uma mulher.

Senti-me assim.

Não importa o faça, desde que o faça com amor. Interiorizei. É um caminho para me levar ao algum lado. E eu sei qual é. Focalizei.

E ando intermitente.

Quanto mais próximas são as relações, com maior intensidade nos projectamos e estamos nelas. Ontem ia morrendo de susto. Mas eu sabia que estava para acontecer. Afinal, nós no fundo sabemos tudo. Ou então não sabemos, e quando usamos essa expressão... usamo-la simplesmente para colmatar uma falha interior muito grande: a de não sabermos nada. E temos que nos centrar nas evidências. E é aí que nos sentímos culpados, doentes.... ah, e já referi culpados?

A minha mãe está em processo há algum tempo. E agora? Agora é o culminar de tudo aquilo que foi sendo acumulado durante anos e anos de tristeza.

E eu?

Eu agora só me consigo adjectivar de péssima para baixo.

Eu sou a psicóloga clínica que nem filha consegue ser.

Afinal, não nasceu a nova forma em mim. Foi um vislumbre daquilo que poderia ser.

segunda-feira, abril 16, 2007

:)


Meus amigos. Tenham cuidado com o peçam porque pode acontecer!

No post de 7 Março pedi uma mudança. Pedi um novo trabalho, afirmei o que queria. Passado meia hora a ter escrito o post, o telefone toca. Estavam a ligar-me para ir a uma entrevista nesse mesmo dia.

Fui à entrevista, não acreditei que fosse ser seleccionada.

O meu contrato terminava no dia 9 de Abril. Ainda me restavam 11 dias de férias, que andava louca para ter. E que ainda ando mais maluca para ter. Quanto mais desejo parar, menos oportunidades a vida me dá.

Passado duas semanas dessa entrevista fui chamada para uma segunda entrevista. O meu sentido de orientação é fantástico, tenho uma memória fotográfica. Nunca me tinha perdido...No dia 21 tinha entrado de férias e comecei a dar formação. Precisamente nesse dia, que disse na primeira entrevista, que iria estar disponível para entrar no novo trabalho, ligaram-me a perguntar se podia ir à segunda entrevista. Fui dar a formação, perdi-me.. andei mais de uma hora e meia perdida. Dei a formação. Cheguei atrasada à entrevista e fui seleccionada.

Formação para dar, entrevistas de trabalho, consultas de psicologia clínica, seminário final do projecto insertjovem, relatório de avaliação final do projecto, adaptação ao novo local de trabalho e compra de um carrinho novo. A tudo isto junta-se muito cansaço. E também muitas desculpas a pedir a todos os que me ligam e que eu não respondo em retorno.. ou porque estou a trabalhar ou porque estou a dormir. No próximo fim de semana vou colocar em dia os telefonemas, os cafés, os agradecimentos e tudo e tudo e tudo. Acho que agora finalmente começo a entrar no novo ritmo de vida.

A secretária não tem vista para o mar. Mas as pessoas tratam-me com muita consideração.

Peçam e ser-vos-á dado...

quarta-feira, março 07, 2007

Procura-se..

Local de trabalho que apresente condições físicas e de relacionamento com os colegas perfeitas.

Condições físicas do ambiente de trabalho:
- secretária com vista para o mar (é negociável)
- computador e impressora
- telefone
- sala não partilhada com mais ninguém ou então com muita gente divertida e descontraída (algo parecida com o ambiente de trabalho da equipa do Google)
- horário de trabalho flexível...

Relacionamento com os colegas:
- perfeito;
- ninguém chega ao trabalho de trombas;
- as pessoas sabem comunicar;
- ninguém quer lixar ninguém;
- todos cooperam para um objectivo em vez de andarem às aranhas com porcarias que não interessam a ninguém e que só fazem perder tempo a quem tem mais do que fazer;
- todos dão o seu melhor para criar um ambiente saudável e não poluído de intrigas, insatisfação, frustração e angústia - ou seja, gostam daquilo que fazem e são pessoas resolvidas.

Oferece-se:
Psicóloga Clínica - uma boa profissional com espírito de sacríficio, criativa, organizada e que gosta de rir. Ultimamente parece que desaprendeu a rir. Mas reaprende com grande facilidade as coisas boas que antigamente eram parte integrante da sua natureza.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Nada Mais, Só Silêncio

E de repente já não se precisa de nada. Não precisamos de nada porque nada serve. Um curso não serve, um trabalho não serve, uma roupa não serve... tão pouco o dinheiro. Porque ele efectivamente não compra nada. Rigorosamente nada. Nem saúde. Ele serve para termos a desculpa de inventarmos necessidades e desejos, para colmatar falhas que julgamos serem a desculpa da nossa miserável condição: a de simplesmente existir.



Amanhã faz uma semana que nasceu a Mariana. A esperada e desejada filha da minha colega de trabalho. A mãe da minha colega liga para dar a notícia. Tinha o sol na voz, e dizia “já nasceu, sou avó de uma menina linda. Foi um parto normal, nasceu às 13h30 e é perfeita. E está tudo bem com a Cecília.”

No dia a seguir, soubemos a notícia que mais parece ser uma mentira. “A menina está mal, vai ter que ir para a Estefânia.” Entro em choque. Não quero acreditar. Mil e uma perguntas aparecem na minha cabeça, e todas elas temem ver-se respondidas. Porque se forem, é demasiado real. Penso imediatamente que a informação que me estava a ser transmitida não tinha fundamento. Ligo à Carla, a minha amiga enfermeira, e ela diz-me o impensável: “Ia ligar-te Telma. Mas percebo que já sabes. A filha da tua colega está mal e o prognóstico não é bom. A situação está a evoluir de uma forma muito rápida. É um tumor cerebral que está a crescer em exponencial. Não há forma de o travar.”

De imediato tinha a evidência, a prova cientifica a martelar nos meus ouvidos. Já não havia perguntas objectivas. Começaram a soar os porquês. A baterem ruidosamente na minha cabeça.

Apetece-me chorar. Vivi a gravidez todo este tempo e não me apercebi. Vi a barriga crescer, os vídeos da bebé a mexer-se na barriga da mãe, vi as fotos a três dimensões, vi a vida a crescer… Era um dado adquirido que estava tudo perfeito.

E num espaço de 10 horas a felicidade toma a forma do seu extremo oposto. A tristeza, a angústia e a dúvida enchem a mente e o coração. Mesmo sabendo dos dados, a esperança não desaparece. Até ontem. Faleceu. Já não há nada a fazer. De um momento para o outro um sonho foi rasgado, retirado à força, partido...

Em cada passo que dou questiono Deus, a Vida, o Universo, a Existência. E penso que nada disso existe.

Até hoje não consegui ir ter com ela. Sou uma cobarde. Invento mil e uma desculpas e não consigo ir, estou à porta e não consigo subir. Digo a mim mesma que envio a energia positiva até ela. Digo também que se lá chegar vou desatar a chorar e não quero fragiliza-la mais. Digo isso e muito mais. Não há nada que possa fazer, mas gostava de lhe dizer que não podendo fazer nada, estou disponível para dar a mão, estar em silêncio e ouvir o que não há para dizer.

domingo, outubro 22, 2006

Já está! Ufa!

Um bom armário para arrumação.. e o meu buda lindo!


A mini-estante e um candeeiro retro.. que aqui mal se vê..


O meu sofá maravilha... que está a pedir um quadro para ficar por cima dele. Está a caminho..


Mesa para duas pessoas por favor!
Estante dificil de chegar, de montar e colocar no lugar. Não substimem a força de uma mulher que está "ligeiramente" irritada com os senhores das entregas. 2,14 m de estante é pesadote...


A Paulinha , depois de meia garrafa de vinho tinto...a tentar ler um dos poucos livros que já se encontra pela casa, "O Livro das Transformações" da Izabel Telles, ( que faz um trabalho muito bonito.. fica para um outro post)... :) E eu, com a mania das filosofias e das fotografias.. e só a refilar que queria ir circular para a baixa de Faro. :P


Estou tão contente!! E a sala-consultório está composta! Vou continuar a empacotar coisas para carregar.. :D

sábado, outubro 21, 2006

No More Excuses


Acer Aspire As5634wlmi



Ah pois é!

Qualidade para se poder trabalhar em condições.. Já não há desculpas para não se fazer aquilo que se quer fazer.

Se o dinheiro não traz felicidade, ao menos que nos traga conforto!


Processador: Core2duo T5600
Memória/Cache: 1024mb
Disco Rígido: 120gb
Cd-Rom/Dvd: Gravador de DVD
Placa Gráfica: Gforce7300 128 T.Cache
Placa Som: On Board
Monitor: Wxga 15.4"
Colunas De Som: Incorporadas
Modem/Fax: 56k
Dimensões/Peso: 2.77kg
Bateria/Autonomia: 6 Células
Sistema Operativo: Xp Mce
Entrada S-Video
Leitor Cartões 5 em 1
Comunicações: Wireless
Garantia: 24 Meses

Não percebo tudo o que está aí descrito.. mas que é bonito, aí isso é. E, a juntar-se a isso tudo, surpreendam-se: FUNCIONA!

Agora venha a inspiração e o trabalho árduo.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Aí o Medo!!


Durante grande parte do tempo carregamos uma certeza inabalável. Daquelas que são como que uma condição auto imposta para sermos “mais felizes”. Chega um dia e conseguimos. Estamos em via de realizar essa condição, e depois não é bem assim… falta mais qualquer coisa. É aquilo a que chamo de síndrome de “falta-me mais qualquer coisa para atingir o estado de felicidade”. Ou então é simplesmente insatisfação.

E muitas vezes junto com a iminência da coisa tomar forma, aparecem aquelas dúvidas manhosas do tipo: “Será que vou ser capaz? E se eu não conseguir? E depois?”. As desculpas que o medo camuflado inventa para ir aparecendo devagarinho…sorrateiramente e devagarinho..

O que é certo é que uma nova fase está as às portas de se concretizar. Um outro estádio de responsabilidade está a instalar-se. Vou ter uma das coisas que há tanto tempo queria: a chamada independência.

O que é certo é que aquela dúvida persistente não me larga. Será que vou conseguir? Será que assim ainda vou conseguir juntar dinheiro para fazer o mestrado que ainda não escolhi? Será… será?

Decidi hoje: As dúvidas vou entregar à vida. Assim como assim, as respostas vão ser aquelas que eu estiver preparada para receber.

Ps: ando à procura de uma garrafeira bonita… e de bom vinho tinto para a preencher dignamente… isto merece uma ou mais celebrações.

sexta-feira, julho 07, 2006

Repetições


Parece que me vou repetir mais uma vez. Não faz mal. Diz quem sabe que da palavra nasce a luz. Espero que sim.

Espero não estar a entrar no campo da repetição excessiva. Seria a patologia a entrar em acção. E não faz a patologia parte do foro daquilo que não é criativo? Aqueles que supostamente são chamados de normais, arranjam respostas criativas às propostas que a vida lhes dá. Quando entramos no campo da repetição, entramos num estar em que usamos sempre a mesma resposta, que supostamente falha, e é aí que vamos comprovar aquilo que já pensávamos que iria acontecer. “Claro, eu já sabia que isto ia acontecer”. Da criatividade da resposta surge uma nova adaptação, um novo estar, uma outra iluminação e um outro campo de experiências aparece.

A partir de quantas repetições poderemos dizer que já entrámos no campo da patologia? Duas ou 200? O que me parece importante é a percepção de que em determinadas esferas da vida não se sabe agir senão daquela forma inconsciente. Somos empurrados quase que por uma força invisível até uma barreira. Essa força compulsiva cria uma obscuridade e provoca uma amnésia mental das artimanhas psíquicas que estiveram envolvidas no processo. Essa tomada de consciência poderá ser o fio condutor para o desbloqueio. Enquanto não "vem" essa tomada de consciência o que permanece é a dor psíquica, um mal estar interior que se progaga e impossibilita uma visão clara e objectiva.
O que é um padrão senão a inconsciência da repetição de um comportamento? De um hábito há muito instalado, que por isso mesmo já está emaranhado na rede global e complexa da mente. Sinalizá-lo, arrancá-lo desse emaranhado, observá-lo, estudá-lo, percebê-lo e depois modificá-lo. Ser criativo nessa modificação vai trazer mudanças significativas no ambiente interno, e, a qualidade daquilo que passamos para o exterior é diferente. Evidentemente que a qualidade daquilo que recebemos será também ela na mesma proporção. Aí nem é preciso falar para o exterior perceber a alteração, porque passamos a emitir um estar diferente e o que vem até nós é uma resposta em consonância com aquilo que começamos a produzir interiormente.

"Vamos mudar o disco? ...já tocou o suficiente e convenhamos..está riscado."

segunda-feira, junho 26, 2006

Programa de Inicio de Semana


7h00 - Acordar. Fazer ronha e levantar 10 minutos depois. Lavar os dentes. Vestir o equipamento.
7h15 - Saio de casa.
7h20 - 50 minutos de jogging.
8h30 - Chego a casa. Tomo banho. Visto-me. Tomo pequeno-almoço. Lavo os dentes. Pego na mala e em 3 livros.
8h50 - Saio de casa.
9h00 - Entro no trabalho.
13h00 - Almoço.
14h00 - Entro no trabalho.
17h30 - Saio do trabalho.
17h45 - Chego a casa e preparo a consulta ou será que vou dormir? Ou ler? Ou fazer ginástica? :)
20h00 - Saio de casa.
20h30 - Consulta.
21h30 - Respiro de alívio e arranjo coragem para ir até a casa e ler alguma coisa ou simplesmente não fazer nada..

00h00 - Banhinho, lavar dentinhos e cama..

Os florais começam a surtir efeito..

E mais um dia que passa e não consigo ir ver o Hard Candy.. porcaria de horários de cinema! Será que é amanhã?

sexta-feira, junho 09, 2006

Desabafo


As cores, os cheiros, os sons… as palavras. A existência. As batalhas que se travam. A vida. Os humores. A vontade. Os momentos. As pausas.

Preciso do silêncio. Estou farta da poluição ruidosa que encontro no trabalho, nas conversas de café, nos comboios... Estou cheia de momentos em que o silêncio é demasiado desconfortável. Estou cansada de palavras e mais palavras ocas que só se dizem para preencher um vazio interior que incomoda.

Quero chegar a casa, depois de um dia de trabalho, e ter vontade de fazer aquilo que me preenche. Quero respirar vida, quero ser vida.

Como é bom ser uma guerreira, uma deusa completa, grandiosa com o poder de invocar toda a plenitude que vai dentro. Já tive momentos assim, as pausas é que são demasiado grandes no tempo que corre. Se a vontade não estivesse ao serviço dos humores que flutuam, as batalhas que se travam não pareceriam em vão. É incrível a força que cresce e que espanta quando aparece destemidamente. Como é bom existir assim.

Quero a permanência desse estar em mim. Quero que as pausas sejam pequenas e transitórias. Hoje sei o que quero. Amanhã gostaria de continuar a saber.