sexta-feira, agosto 11, 2006

Aí o Medo!!


Durante grande parte do tempo carregamos uma certeza inabalável. Daquelas que são como que uma condição auto imposta para sermos “mais felizes”. Chega um dia e conseguimos. Estamos em via de realizar essa condição, e depois não é bem assim… falta mais qualquer coisa. É aquilo a que chamo de síndrome de “falta-me mais qualquer coisa para atingir o estado de felicidade”. Ou então é simplesmente insatisfação.

E muitas vezes junto com a iminência da coisa tomar forma, aparecem aquelas dúvidas manhosas do tipo: “Será que vou ser capaz? E se eu não conseguir? E depois?”. As desculpas que o medo camuflado inventa para ir aparecendo devagarinho…sorrateiramente e devagarinho..

O que é certo é que uma nova fase está as às portas de se concretizar. Um outro estádio de responsabilidade está a instalar-se. Vou ter uma das coisas que há tanto tempo queria: a chamada independência.

O que é certo é que aquela dúvida persistente não me larga. Será que vou conseguir? Será que assim ainda vou conseguir juntar dinheiro para fazer o mestrado que ainda não escolhi? Será… será?

Decidi hoje: As dúvidas vou entregar à vida. Assim como assim, as respostas vão ser aquelas que eu estiver preparada para receber.

Ps: ando à procura de uma garrafeira bonita… e de bom vinho tinto para a preencher dignamente… isto merece uma ou mais celebrações.

6 comentários:

SAM disse...

House rules, House rocks, House é o melhor!!!

(mas nao era disso que tavas a falar, pois não...)

Pronto! Já li o texto. As perguntas devem ser feitas à vida e as respostas esperar encontrá-las na criação de obras e no trabalho, na vivência e no amor, e no sofrimento... As perguntas estão lá, resta saber se as conseguimos fazer (muita logoterapia nos últimos tempos!!!).

Beijos

Neptuna disse...

:)

Isto é que é postar e ter logo um comentário.

Obrigado pelas palavras!
Beijos para ti também!

Amorphico disse...

Depois de ler o teu texto, lembrei a tal centopeia que ainda hoje está a tentar perceber qual é a pata que é melhor mexer a seguir...
(Graças que só temos duas perninhas, não é?)

Parabéns pela coragem - ou fé.
Parabéns pela transformação em/de ti.
Ou como diria Paulo Freire; por seres cada vez mais humana!

Anónimo disse...

E pronto, está tomada a decisão!
Quanto ao vinho, fico à espera da celebração para levar uma tal bem boa garrafa!
Beijinhos amiga!

Neptuna disse...

:)

Sim, Tagarela linda! Vamos ter mais uma casa à disposição para as jantaradas, encontros de cinema e conversas infindáveis...

Vai competir com o melhor sitio de encontro da noite Faro até à data.. o teu!

Uma beijoca e obrigado pelo apoio!

Anónimo disse...

House Rules faz-me lembrar um filme que tem um pouco a ver com a independência pessoal mas muito a ver com um tema sempre presente na sociedade portuguesa que é a questão do aborto. "As regras da casa" é um filme daquele que todos devíamos ver pois aborda as questões da adopção, do aborto e do despertar da sexualidade com uma candura que nos embala sem nos adormecer mas obrigando-nos a reflectir, pois a naturalidade do filme tem a ver com a naturalidade com que na Vida muitas coisas acontecem. E depois ficam na retina o olhar daqueles miúdos a espera de serem adoptados.
No filme o processo de autonomia não é isento de retrocessos. Na tua vida espero que os retrocessos se os houver sejam enriquecedores e forneçam pistas para um futuro que te permita alcançar grande parte das metas por ti traçadas