quarta-feira, agosto 02, 2006

Tempos



Fui ver a Casa da Lagoa, uma história de Amor daquelas que poderá fazer as pedras da calçada chorar (dependendo do grau de "lamechiche" das pedras). Gostei muito do filme, pela forma como o Tempo para a Amar é explorado: de uma forma muito pouco convencional. Parece um misto de “Efeito Borboleta” com “A Terapia do Amor”.

Neste enredo a “puxar para o fantástico” é possível dois personagens falarem com 2 anos de tempo entre eles. Ela (Sandra Bullock) está no ano de 2006 e ele (Keanu Reeves) está em 2004. E não sabem da existência um do outro, até ao momento em que ela deixa a casa da lagoa e coloca uma carta numa caixa de correio mágica que leva as mensagens até 2004, e claro, até ele.

No Efeito Borboleta, onde a teoria do caos é brilhantemente explorada, concluímos que não é pelo facto de termos o poder de ser Deus e mudar acontecimentos chave da nossa vida, que vamos ter como resultado o objectivo pretendido. Na Terapia do Amor explora-se o Amor que dois seres carregam, em diferentes etapas da sua vida, e que não está em sintonia com os Tempos interiores de cada um (a diferença de idades). O Viver desse amor em relação é sacrificado em prol do crescimento interior de cada um. Caso continuassem naquela relação seria o Amor o sacrificado.

Na Casa da Lagoa, a mensagem final é a de que esperar pelo que o tempo tem para nos oferecer, produz os seus frutos. Os truques para enganá-lo não resultam. E que há esperança para que o Amor e as pessoas se encontrem sem barreiras de tempo e de espaço. Mas há momentos para tudo, e somos castigados se queremos apressar o relógio para adiantar esse encontro. É o eterno mito do amor romântico que sabe sempre bem ver..

1 comentário:

JP disse...

De várias formas a li
De diferentes locais a escutei
Nos poucos posts que vi
Muito proximidade encontrei

(a rima foi um acaso, mas voltarei a ler, qt mais n seja, por uma boa crítica cinematográfica)