Dizem que sim, e eu até acredito.... No fundo, para mim, a questão do momento é: quanto tempo dura o tempo de cada dor? E temporário significa curto ou apenas incontrolável? Temporário é, de alguma forma, uma espécie de consolo???? Que te parece?
:) É a minha dúvida também. O que é temporário? Se calhar temporário é um espaço de tempo mais curto do que o tempo que a cura permanece em nós. O tempo de cada dor, acho que depende da pronfundidade da dor.. Ou seja, que esferas de nós mesmos foi essa dor tocar, abalar, questionar. O tempo de cada é o tempo que a dor precisa de estar em nós. E sim, também concordo contigo, pode ser uma espécie de consolo. Mas acho que só numa fase inicial.. enquanto a dor teima em gritar, "espernear" e magoar ainda mais. E nessas alturas podemos dizer a nós mesmos: "isto passa, vai passar. E depois, depois eu vou ser mestra, nesta área onde fui ferida." Mas na etapa em que a cura se instala, é mais do que esse dizer "consolante", é saber interiormente que esse estar de cura é permanente se assim o quisermos. Que te parece a ti?
Sem duvida... concordo em absoluto com o que dizes. O que sinto, na maioria da vezes, é que nós sabemos que a cura é permanente, mas não a conhecemos, e a dor... essa é uma amiga de longa data, seja porque razão for. E muitas vezes (se não todas!!!! :)) o desconhecido causa medo. E quantas vezes não escolhemos a dor, que apesar de bruta, poderosa, dá-nos uma maior ilusão de preenchimento do que o vazio de não haver dor... uma vez que não sabemos como é a cura! Tal como o desgosto de um grande amor... Apesar de berrarmos a nós próprios que queremos esquecer, estamos dispostos a ultrapassar, o medo do vazio, no lugar do que antes era uma felicidade imensa, e a seguir uma dor imensa, é maior do que a esparança da cura... Quanto tempo dura o tempo até deixarmos de ter medo?
:) Sim, quanto tempo dura até deixarmos de ter medo?! Nós movimentamo-nos mais facilemnte em terreno conhecido. E não importa que esse terreno seja um pantâno rodeado de espinhos.. Não importa. Porque ali sabemos estar. Não importa porque as nossas "ferramentas" internas estão habituadas a lidar com essa dor. E afinal o que seria de nós sem essa mesma dor? O que seria de nós plenos de possibilidades! Aí medo.. o medo do desconhecido que até pode ser bom, bom demais! Será que sabemos estar lá? E se não soubermos lá estar?? Aqui na dor profunda, sabemos estar. Sabemos estar. E a segurança de lá estar tem beneficios secundários que criam âncoras a um estar dormente e arriscar-me-ia a dizer doente. O tempo da cura instala-se quando se instalar a coragem de sermos criativos nos processos de dor. O medo não desvanecerá quando nos permitir-mos que ele desapareça?
4 comentários:
Dizem que sim, e eu até acredito....
No fundo, para mim, a questão do momento é: quanto tempo dura o tempo de cada dor? E temporário significa curto ou apenas incontrolável? Temporário é, de alguma forma, uma espécie de consolo????
Que te parece?
:) É a minha dúvida também. O que é temporário? Se calhar temporário é um espaço de tempo mais curto do que o tempo que a cura permanece em nós. O tempo de cada dor, acho que depende da pronfundidade da dor.. Ou seja, que esferas de nós mesmos foi essa dor tocar, abalar, questionar. O tempo de cada é o tempo que a dor precisa de estar em nós. E sim, também concordo contigo, pode ser uma espécie de consolo. Mas acho que só numa fase inicial.. enquanto a dor teima em gritar, "espernear" e magoar ainda mais. E nessas alturas podemos dizer a nós mesmos: "isto passa, vai passar. E depois, depois eu vou ser mestra, nesta área onde fui ferida." Mas na etapa em que a cura se instala, é mais do que esse dizer "consolante", é saber interiormente que esse estar de cura é permanente se assim o quisermos.
Que te parece a ti?
Sem duvida... concordo em absoluto com o que dizes.
O que sinto, na maioria da vezes, é que nós sabemos que a cura é permanente, mas não a conhecemos, e a dor... essa é uma amiga de longa data, seja porque razão for. E muitas vezes (se não todas!!!! :)) o desconhecido causa medo.
E quantas vezes não escolhemos a dor, que apesar de bruta, poderosa, dá-nos uma maior ilusão de preenchimento do que o vazio de não haver dor... uma vez que não sabemos como é a cura!
Tal como o desgosto de um grande amor...
Apesar de berrarmos a nós próprios que queremos esquecer, estamos dispostos a ultrapassar, o medo do vazio, no lugar do que antes era uma felicidade imensa, e a seguir uma dor imensa, é maior do que a esparança da cura...
Quanto tempo dura o tempo até deixarmos de ter medo?
:) Sim, quanto tempo dura até deixarmos de ter medo?! Nós movimentamo-nos mais facilemnte em terreno conhecido. E não importa que esse terreno seja um pantâno rodeado de espinhos.. Não importa. Porque ali sabemos estar. Não importa porque as nossas "ferramentas" internas estão habituadas a lidar com essa dor. E afinal o que seria de nós sem essa mesma dor? O que seria de nós plenos de possibilidades! Aí medo.. o medo do desconhecido que até pode ser bom, bom demais! Será que sabemos estar lá? E se não soubermos lá estar?? Aqui na dor profunda, sabemos estar. Sabemos estar. E a segurança de lá estar tem beneficios secundários que criam âncoras a um estar dormente e arriscar-me-ia a dizer doente. O tempo da cura instala-se quando se instalar a coragem de sermos criativos nos processos de dor. O medo não desvanecerá quando nos permitir-mos que ele desapareça?
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