quinta-feira, novembro 29, 2007
Nua
Quero despir-me de ti
Tenho medo do frio
Mas não quero o teu casaco nos meus ombros
Por momentos, esqueci-me de que passo bem sem ele
É teu, já não te recordas?
Vou despir-me de ti
O teu perfume queima demais a minha pele
Quero cheirar o meu cheiro
Os teus sapatos não me deixam andar no passo do meu caminho
Quero andar descalça
Não me dês nada que não possa receber
Quero vestir a minha pele
E,
Agora, quero vestir-me de Adeus
Faço a mala
Nua
Entrego-te a roupa
Usa-a em ti, que deve fazer-te falta
Em mim pesava demais.
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Poemas
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13 comentários:
Vieram-me as lágrimas aos olhos. Tanta alma nas tuas palavras...
:)
obrigada pelo comentário. confesso que pensei em retirar o post umas quantas vezes.. a insegurança é uma coisa tramada..
deitei-me n vezes com estas palavras na minha cabeça. tive que escrever para elas sairem da minha cabeça.
... e do corpo, já sairam? ;)
.. lentamente. :) Algumas continuam presas.
...ainda bem que não tiraste o teu poema... eu também gostei!... venham mais... :)
:) Obrigada Tao. Vou tentar não ter medo de escrever e colocar aqui. com tanto reforço positivo é bom que deixe o medo de parte..
faz-me lembrar algo
que a cada dia que passa faz mais sentido dentro de mim...
"toda a jornada é da não materialidade à não-materialidade."
Descartemo-nos do supérfluo
e daquilo que nos prende...
liberta-te, abre o coração e deixa-te ascender até ao infinito.
Parabens, inpirador
:D
Sim, fiquemos cada vez mais perto de nós..
obrigada!
ps: Osho tinha verdadeiros momentos de inspiração..
Simplesmente bela a junção entre o peso e o volume de cada palavra...
A nudez...
A historia...
O sonho...
Eu diria que o comando da sede, dor e tempo é muito eficaz naquilo que transmites...
Simplesmente belo!
Beijos...
Alex.
obrigada Alex!
Não rima... :P ;)
lol!
bem me parecia que havia qq coisa que nao estava a bater certo...
:P
vou mais longe
a busca não termina
numa encruzilhada
mas podia.
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