Tinha-te a ti.
Tinha-te a ti e tinha paz
Num país que era ainda sonho
Onde a tristeza não tinha lugar
Pois era uma canção
Que não te ouvi cantar.
No tempo das crianças
Não se pode chorar
Nada e ninguém é infeliz,
Tudo é giz
A desenhar cidades
E mesmo a noite ao abraçar o ar
Não passava da porta
Para me vir buscar.
Quantos milhões de estrelas conseguiste pintar?
Tenho-te a ti, tenho-te aqui
Nesta canção oração,
Hoje sou só saudade.
E quando às vezes tendo a desistir
Do jogo da cidade
Que não se vai cumprir
Encosto-me ao teu ombro
Que hoje é parte de mim.
E um dia eu vou ter o prazer
De viver em frente ao infinito mar
E num instante recolher do ar
E graça desse amor
Que pudeste deixar
Para fazer o dia
Finalmente chegar.
JP Simões, Micamo in 1970
Descoberta muito boa, aquela que fiz na sexta feira passada, quando fui ao CAPA ouvir JP Simões. Confesso que fui sem saber ao que ia. Soube bem, muito bem. JP Simões, tem um não sei quê de melodramático-sarscático-inteligente. Ao vivo estabelece uma ligação muito próxima com o público. As músicas têm letras mais que bonitas, que são adoçicadas na perfeição por um som luso-samba.
Das muitas músicas que gostei, escolhi a letra de Micamo para colocar no blog, ficou gravada na minha cabeça.Vejam e Oiçam-no no vídeo que está em baixo do meu perfil e digam lá se não vale a pena...!
1 comentário:
Olha que interessante! Também fui ver, acho que não no mesmo dia, mas no seguinte.
Também adorei e ficou-me na cabeça. Principalmente a sua postura descontraída e uma certa "nostalgia" na sua musica. Muito marcante de facto.
Aconselha-se!
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