terça-feira, outubro 17, 2006

Não, o blog não morreu..

Não este blog ainda não morreu. Parece que já tem os dias contados… Mas ainda não tem.

Esteve fechado para férias. Para umas mini-férias.

Férias, esse estado de tempo que é passageiro. Parecido a uma tempestade tropical. Assim como vem, desaparece num instante. Não deram para fazer nada de jeito. Mas convenhamos, o que há para fazer nas férias a não ser fazer nada.

Pelo menos a casa já tem um consultório em condições com uma decoração minimalista, um sofá semi-psicanalítico (isso queria eu) e uma mesa-secretária devidamente bem colocada para abraçar os pacientes que por ali passam. Mais uma coisinha aqui e outra por ali. A coisa está devidamente composta.

Falta o dinheiro para passar às outras divisões e deixá-las em ordem. O dinheiro, esse malvado…


Em vez de sair das férias plenamente satisfeita e contente… hoje estou com umas trombas daquelas. E não é de ter retomado à rotina do trabalho. Mas também não deixa de ser. Fui ontem a uma entrevista. E parece que o segundo lugar está sempre reservado para mim. Já perdi a conta à quantidade de concursos a que fui nas últimas semanas e dos quais sou excluída ou em que fico em segundo lugar. Merda.

Um pensamento recorrente passa pela minha cabeça vezes sem conta. E possivelmente estará na altura de o aceitar como sendo uma verdade última. “Eu não mereço ter uma entidade empregadora, porque eles simplesmente não me merecem… ou então, eu simplesmente não nasci para ter uma entidade empregadora que me assegure um ordenado fixo até ao final do mês. Até porque não sei se isso me serve.” Atribuição causal interna ou externa?

E verdade seja dita… para além de ser uma explicação… tão válida como outra qualquer…Também consigo reconhecer nela alguma verdade. Sinto-me a morrer lentamente com o trabalho rotineiro que desempenho. Não tenho prazer naquilo que faço. As tarefas são tão simples que até adormeço a realizá-las. Não tenho paciência para as crises laborais, para as intriguices, para a incompetência de uns, para as arreliações de tantos outros… para a falta de estímulo intelectual que tanta falta me faz. Preciso de criar o meu próprio trabalho. Pensava que teria que começar nos primeiros anos a tentar arranjar uma forma de criar uma base financeira, a partir da qual me pudesse jogar com toda força para arriscar com toda a garra naquilo que gosto de fazer. Mas está a tornar-se insustentável.

Abençoadas consultas que faço no meu horário pós-laboral. Agora que vou começar a dar alta aos meus pacientes… lá vou ficar com essa porta quase que encerrada… Toca a imprimir mais cartões e distribui-los.

E assim, como que de repente… um assunto pendente voltou a invadir o meu coração. Tarot.. Que papel tens tu na minha afirmação pessoal e profissional? Deixei-o há uns anos atrás, após umas consultas que já foram realizadas no âmbito semi-profissional de aconselhamento de tarot. E…onde não conseguia controlar a informação que passava para os pacientes. Que sustos. Tenho saudades do Tarot… de mexer, de ler, de aprender. Acho que está na altura de integrá-lo de uma forma mais plena e consciente. Chega de passar por ele e de lhe piscar o olho.

E não é que quando estou em aconselhamento psicológico, sinto um processo muito semelhante aquando da utilização do tarot? Mas aqui… é complicado. Há coisas que não devem ser ditas… ou será que se devem mesmo dizer?

Chega de escrever por agora..
Até breve!

ps: Goddess Guidance Oracle, quero estas cartas para mim! São tão giras..!

7 comentários:

Anónimo disse...

confusão... insatisfação... decisão!...

Seja qual fôr a iniciativa tomada, certamente será a "melhor" pra ti!!!
Quem sabe ela não "aparece" de uma iluminação?!... ;)

um abraço...

Anónimo disse...

by the way... esse tarot é bem giro!!! :)

Neptuna disse...

oh minha amiga.. iluminação.. isso é que era!! lol!

o tarot é bem giraço.. e acho que deve ficar bem na minha colecção..

Miguel d'Azur disse...

Já pensastes em dar cursos de tarot, com um manual elaborado por ti?, uma vez que já tens espaço para os teus consultantes. É que arranjei um baralho, mas sou demasiado preguiçoso para ler literatura séria sobre o assunto e lá me tenho ficado pelo abecedário do tarot, sem o conseguir ler na sua plenitude. Já agora, no teu ócio, podias conciliar a psicologia e o tarot num livro inovador criado por ti, e envia-lo a editoras da área. Que achas, Neptuna?
Não desesperes, só ainda vais no início do caminho…

Neptuna disse...

:) só boas sugestões Tao. São coisas que já me passaram pela cabeça. Falta a coragem e aliado a isso junta-se o achar que não sei o suficiente. Mas sim, são projectos mais do que interessantes para pensar e dar forma..

Vou desesperando que é para não ficar desesperada de vez.. :P

:kiss

Lita disse...

Sabes o suficiente.
Sabes que sabes...

Neptuna disse...

Isso agora... :P