Mais um post na área de eventos! Pois é caros visitantes, finalmente em Portugal temos uma revista dedicada quase inteiramente à Psicologia. De acordo com o meu amigo e colega Sam, "é a revista que sabe o que te vai na alma!"
Devo dizer que adquiri o primeiro número da revista logo no dia em que saiu. Adquiri por várias razões. Adquiri por ser psicóloga, pela curiosidade, pelo facto do director científico ter sido meu professor, Pedro Zany Caldeira, (e por sinal um daqueles professores que não se esquecem pela excelência) e claro, pelo facto do Sam Cyrous ter um espaço onde apresenta os seus artigos .
Gostaria de acrescentar que considero ser um acto de coragem terem conseguido "arregaçar" as mangas e dado forma a este projecto. Este primeiro número, a meu ver, espelha o pontencial de crescimento da própria revista. Com certeza existirão arestas a limar, como tudo aquilo que nasce e precisa de aprimorar com o tempo. Creio que será altamente benéfica a existência desta revista para os profissionais desta área, para a psicologia em geral e para todos aqueles que tomam contacto com estes profissionais (o público em geral). Será sem dúvida um espaço público aberto a desmistificar dúvidas nas mais variadas temáticas da Psicologia, quebrar tabus e quem sabe tornar esta ciência mais ampla e menos elitista.
Como remate final deixo um pequeno excerto do editorial do primeiro número e claro um convite à aquisição e leitura da revista!
"Na Psicologia Actual, (...) o leitor terá acesso a informação técnica e cientificamente correcta sobre as diversas dimensões dos fenómenos psicológicos, que lhe permitirá eventualmente uma melhor compreensão sobre o seu comportamento e o dos outros." Pedro Caldeira, Psicologia Actual
2 comentários:
Quantos psicólogos são necessários para se trocar uma lâmpada?
Responde o psicanalista: "nenhum, basta que a lâmpada queira mudar"
Responde o existencialista: "como pode a lâmpada viver da melhor forma sem mudar?"
Responde o sistémico: "para quê a lâmpada vai mudar"
Responde o leitor da Psicologia Actual: "a lâmpada muda com a leitura de uma boa revista que lhe permita pensar"
Em 1852, no Médio Oriente, matavam a poetisa Táhirih por defender o direito das mulheres, oprimidas por uma falsa religiosidade. Ela retirara publicamente o seu véu e, no momento da sua execução, afirmara: “podeis matar-me, mas não podeis impedir a causa da emancipação da mulher!”.
Ano após ano, as Nações Unidas tenta intervir pela unidade, pluralidade, democracia e progresso de todo o género humano. Século após século, a humanidade, aparentemente impávida, segue avante, tentando destacar os seus representantes mais nobres como exemplo, os seus momentos próprios como de se lembrar e não se esquecer mais.
Quão não foi a minha alegria ao acordar, no dia 23 e estar certo que mais uma revolução havia sido iniciada, através de uma revista que se faia ver em todo um país, através da revolução de mulheres e homens que apenas defendem a igualdade de oportunidades e a democracia.
Não é isso que todos nós aspiramos? Viver na verdadeira democracia? Viver numa sociedade onde cada opinião realmente conta, não apenas num boletim de voto e com uma cruz, mas onde as classes mais eruditas querem a real associação com os seus irmãos humanos? Muitos têm falado disso. Mas, como diria Bahá'u'lláh, tal não basta: “que sejam actos e não palavras, vosso adorno”.
Vivemos numa sociedade erguida a partir de revoluções: a revolução francesa, a revolução industrial, a revolução freudiana, a revolução quântica, a revolução do 4 de Julho, do 7 de Setembro e do 25 de Abril.
Revolução! É essa a força motriz do momento. Vivemos num momento de revolução, onde o véu que obscurece a ciência deixa de existir. Onde, a psicologia, aquela ciência estranha do “pode-nem-ser-ciência” se torna uma ciência pluricultural e de acesso universal. A psicologia está ao alcance de todos, parafraseando Frankl.
E essa revista surge, no momento em que sabemos todos que bons psicólogos há em todo o mundo, que é muito fácil ser-se bom estudante de psicologia, que é muito fácil ser-se bom ouvinte e que ainda mais fácil é ser-se bom escritor.
Mas o complicado, o grande desafio que temos à nossa frente, é o de sermos bons seres humanos que também são psicólogos.
Um bem-haja a todos os psicólogos que retiram os seus véus opressores como Táhirih e se orgulham em serem humanos!
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