quinta-feira, dezembro 27, 2007

Dança Comigo, Danças?



"Camisa da cor dos cabelos,
blusa da cor dos olhos.."

Vaidosa!, manifesta-se ele.

Com vontade de ripostar, ela pensa, e, guarda para si:

"Vaidosa, mas do Amor que sinto por ti. Amar-te é música, que de cada vez que se solta uma nota, faz dançar um sem número de memórias que acontecem sempre que te vejo e penso em ti. Dança comigo, danças?"

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Como anda ela...

... com um laço embrulhado à volta, tal qual Mãe Natal.

Cuidado, corre perigo de se desfazer.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Adeus

Já não te vou encontrar mais, pois não?

.. Não mais me vais perguntar se te podes sentar na mesa, para beber o copo que foste buscar ao bar, nos artistas.

Ainda não acredito que o teu olhar perspicaz, o teu sorriso malandro e a boa disposição inteligente que te vestiam já não pertencem a este plano.

Não quero acreditar, mas vou ter que acreditar.


Para o R.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Dia Internacional dos Direitos Humanos - Eleutheria


Artigo 3.º
Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

(in Carta Internacional dos Direitos Humanos - Declaração Universal dos Direitos Humanos)


Indivíduo - "que não está dividido", sinónimo de indiviso ou de uno

Direito - "arte do meu e do teu (...)"

Vida - do latim "vita". Existência.

Liberdade - do grego eleutheria. liberdade da escravidão, independência, ausência de comedimento, negação de controle ou domínio, liberdade de acesso.

Segurança - "sem preocupações", "ocupar-se de si mesmo" (se + cura), "um mal a evitar".


Não teremos que aprender a ser unos, para poder ensinar a importância de estarmos em nós?

Não teremos que aprender a arte do meu e do teu para a ensinar?

Saberemos nós o verdadeiro significado da Existência?

Saberemos nós dizer não?

Sabemos ocuparmo-nos de nós mesmos para podermos ocupar-nos do outro?

Terão todos os seres humanos acesso pleno a este direito?

Quem ensina a activar o potencial de decisão em todos nós e o poder que esse ensinamento por si só abarca?

É da nossa responsabilidade a liberdade e a vivência em comunidade. É da nossa responsabilidade não reagir e fechar os olhos ao que incomoda. É da nossa responsabilidade dar a mão ao próximo. A arte do meu e do teu espaço, a arte da minha e da tua existência, a arte da nossa consciência colectiva é minha e tua também.

"Os regimes que reprimem a liberdade da palavra, por se incomodarem com a verdade que ela difunde, fazem como as crianças que fecham os olhos para não serem vistas."
Luwding Borne

domingo, dezembro 09, 2007

Caixinha de Madeira


Tudo passa, dizem.

Mas e tudo o que fica? Pergunto.

Porque não dizer: “vai ficar muita coisa, muita coisa, que possivelmente te irá acompanhar até ao último suspiro.”

Tudo passa?

É possível que muita coisa passe. A outras tantas coisas, possivelmente, acabamos por fechar os olhos para não as ver passar e para não as deixar abrir outras memórias.

É como abrir um frasco de memórias que cheiram e que sabem a hoje. E no entanto, já foram há tanto tempo.

Tudo passa? Ou tudo permanece guardado, com mais ou menos intensidade?

Será que essas memórias não ficam guardadas por escalas de cor, das mais coloridas às menos divertidas?

Se tudo passa, ficamos sem memória de nós mesmos. Se tudo passa, pouco aprendemos. Se tudo passa, não registamos nada.

A experiência que é minha, ou que já foi minha... É uma memória de paisagem verde, com cheiro de café amarrotado e um tapete vermelho de paixão.

É memória de música que foi tocada e que ainda toca e se propaga no espaço-tempo. Não passa.

Tudo numa caixinha de madeira que acumula o bilhete rasgado da primeira ida ao cinema, onde se acomoda o papel improvisado na mesa de café para escrever ‘Amo-te’, onde se prende a imagem, o cheiro e o sentimento do teu corpo nu colado ao meu.

É memória de cheiro, memória de amor, memória de ternura, memória de sentir...

É uma caixa de madeira que me acompanha e que de quando em quando abro para lembrar-me que sou capaz de amar com a intensidade de uma tempestade, a serenidade de um pôr-do-sol e a magia de quem descobre o amor pela primeira vez.

Não passa. É memória de mim que já não sou. Que fui porque só podia ser assim. É qualquer coisa que fez de mim o que sou hoje.


quinta-feira, dezembro 06, 2007

Blogagem Colectiva



O Dia Internacional dos Direitos Humanos comemora-se dia 10 de Dezembro. Um amigo, o Sam, deu inicio a uma campanha de blogagem colectiva.

Peço que se dirigam ao blog dele para retirarem informação mais detalhada e consequentemente aderirem à Campanha intitulada "Um mundo, Uma Vida".

Resumidamente, a campanha objectiva colocar o maior número de pessoas a escrever um texto acerca do Direitos Humanos a ser publicado no dia 10 de Dezembro no vosso blog. É pedido também que sejam colocados os selos da campanha que se encontram no blog do Sam.

Bentes, tu e os teus colegas tiram fotografias. Porque não a inspiração dos Direitos Humanos para publicarem umas fotos no Sem Imagens?

Lita, a tua escrita poderá contemplar alguns Pequenos Pormenores dos Direitos Humanos?

Tao, os Novos Tropismos podem dedicar um poema a este tema?

Sandra, podes contribuir com Palavras a Fio para esta campanha?

Olavo, sorrindo e caminhando podes Comentar de Passagem esta questão?

A todos os que passam por aqui, podem passar a mensagem da Campanha junto dos vossos contactos e escrever um texto neste dia?

Conto com todos!

quinta-feira, novembro 29, 2007

Nua


Quero despir-me de ti

Tenho medo do frio

Mas não quero o teu casaco nos meus ombros

Por momentos, esqueci-me de que passo bem sem ele

É teu, já não te recordas?

Vou despir-me de ti

O teu perfume queima demais a minha pele

Quero cheirar o meu cheiro

Os teus sapatos não me deixam andar no passo do meu caminho

Quero andar descalça

Não me dês nada que não possa receber

Quero vestir a minha pele

E,

Agora, quero vestir-me de Adeus

Faço a mala

Nua

Entrego-te a roupa

Usa-a em ti, que deve fazer-te falta

Em mim pesava demais.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Lavagem ao Ego


"És preciosa naquilo que fazes ao mundo"

Há palavras que calham tão bem. E quando caem no tempo perfeito?

Nem tu sabias o que eu precisava de ouvir isso. Nem eu própria sabia.

Obrigada!

É tão bom ter amigos, não é?

terça-feira, novembro 27, 2007

Fragilidades


O que dizer da fragilidade?

Será que pelo facto de conseguirmos ver a fragilidade do outro estaremos nós fragilizados também?

Ou então, será por já lá termos estado, que sabemos reconhecer imediatamente aquele sentir?

Mais ainda, evitaremos nós ao máximo esse encontro com o outro fragilizado porque não queremos olhar para dentro de nós e, reconhecer, que aquilo que nos faz comichão no vizinho é uma nossa circunstância interna mal resolvida?

Não sei. Não sei responder a nada disso. Só consigo fazer algumas congeminações mentais que acabam por ser improdutivas e que geram lixo mental.

O que é certo é que o encontro com os outros à minha volta está a deixar-me inquieta. Observo os mundos interiores dos outros e vejo que está tudo a entrar em colapso.

Encontro pessoas cada vez mais tristes. Será que sou que estou demasiado triste e que estou desperta para ver somente estes estímulos externos? Se for esse o caso, reclamo alegria até mim. Reclamo alegria para poder partilhar com os outros.

Vou ao Multibanco olho para o lado e vejo uma senhora a arranjar coragem para se atirar de uma varanda. Senti o terror dela, a tristeza profunda que ela carregava, a dor atroz que a estava a levar a tomar aquela atitude. Ouço-a, ou penso que a ouço a falar com ela. “Jogo-me ou peço por socorro? Se me jogar peço por socorro na mesma..? E será que tenho uma segunda oportunidade se por um momento magoar o meu corpo físico e poder reiniciar do ponto de partida nesta viagem que parece que deixou de ter sentido? Será que aí encontro o sentido? Onde é que estou eu? Não estou em mim, e ainda bem que não estou para não me poder ver. E se me matar, será que tudo termina de facto? E se for penalizada por isso? E se juntar pontos negativos na minha caderneta? E será que alguém vai sentir a minha falta? Porque é que ninguém me ouve? Porque é que ninguém me sente? O que faço com este vazio?”

É uma imagem que não me sai da cabeça. A imagem de alguém que quer acabar com aquilo que ninguém sabe como começou verdadeiramente e qual o objectivo final.

Chamei a polícia e rezei uma oração que saiu de um lugar qualquer de mim e pedi luz para aquela mulher. Não saltou, o apoio chegou atempadamente.

A dor que senti naquela altura, não era a dela... ou como dizer, não era só a dela. Era uma tristeza que vinha das profundezas da terra. Mas o que se passa com o mundo, com todos nós? Não me digam que é um sinal dos tempos. O que é que é isso do sinal dos tempos?

Esse dia foi determinante para mim. E espero que para ela tenha sido um ponto de viragem. E consigo compreender de uma forma mais ou menos elaborada o porquê desse acontecimento significativo e a ressonância interna que ele causou. Se estava a criar rotinas, a partir desse dia, ficou clara a minha necessidade de precisar ainda mais de mim.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Prémio Para Mim, Prémio Para Ti



Um prémio! Que bom! Agora, cabe-me a mim distribuir o prémio que me chegou de acordo com algumas directrizes.
Assim, há que seguir as regras indicadas:

1. Indicar quem foi que atribui o prémio - Pequenos Pormenores - Obrigada Lita!!

2. Atribuir o prémio a 7 blogs que considere "até não são mau blogs" ... Para mim, são os blogs que ando sempre a espreitar, que me fazem navegar e neptunar com uma regularidade quase diária nas palavras e imagens. E são eles:

Lita - http://deambulando-no-sentir.blogspot.com/ - retribuo o Prémio porque me apetece, por que posso e claro....porque ADORO o teu blog.
Olavo - http://comentariosdepassagem.blogspot.com/
Bentes & Companhia - http://semimagens.blogspot.com/
E agora, permitam-me que premeie um Blog que anda nas areias movediças da internet. A aparecer, a desaparecer e em constante reanimação cardíaca. Pode ser que com este Prémio consiga renascer das cinzas a que os seus colaboradores o remeteram.. Não é só por fazer parte dele, mas é por achar que tem potencial.. e Depois desta introdução manhosa cá vai.:
- CSA - A Verdade Anda à Solta - a vida pode ser uma cena marada: http://csa-averdadeandaasolta.blogspot.com/

3. Fazer referência ao criador deste prémio - http://nporca.blogspot.com/

segunda-feira, novembro 19, 2007

Procuram-se na Memória..



... conhecimentos adquiridos há muito tempo atrás.

Depois de longos anos de esquecimento... Finalmente já tenho Guitarra Arranjada!

quarta-feira, novembro 14, 2007

terça-feira, novembro 13, 2007

Da Motivação

Decidi que o final do ano é quando se quer e como se quer. Não quero passas, não quero 12 badaladas, não quero o vestidinho preto e o sapato de salto alto..

Decidi que todas as semanas até ao final de ano vou mudar aquilo que quero mudar. Em cada semana vou introduzindo e mantendo essa alteração.

Semana passada: comecei a ir ao ginásio às 7h da manhã. Cai em mim e percebi que a única hora que tenho como certa é a hora de entrada no trabalho. É deprimente não saber a que horas se sai. Muito embora saibamos que é às 18h. É melhor nem pensar senão... jogo-me de uma ponte qualquer. A motivação de acordar diariamente é dificil de encontrar.. escavo bem lá fundo para a encontrar.
O objectivo é aquilo que tem que estar em mente: cultivar a disciplina e ficar em forma.

Esta semana: comprei finalmente a darbuka. Estou a aprender a tocar. :) Muito barulho, nenhuma técnica e muita vontade de aprender. Divertido!!
Objectivo: cultivar o método, aprender novamente música e quem sabe aprimorar os meus movimentos de dança do ventre.

Para a semana: dedicar uma hora de estudo por dia a uma matéria que ainda vou ponderar a escolha.. Objectivo: manter a mente activa.

Vamos mudar? :D

segunda-feira, novembro 12, 2007

1º livro, página 161, 5º Frase Completa

Lá tive que aceitar o desafio do Bentes..

5º Frase Completa:

"Todas as opiniões são bem-vindas e não podem ser julgadas."

Onde estava esta maravilha?
No Manual de Facilitação para a Gestão de Eventos e Processos Participativos, de Ulrich Schiefer, Paulo Jorge Teixeira e Susana Monteiro, da Editora Principia.

Livrinho técnico para a formação.... hum... coisa boa de ler...

Passo a palavra à Lita, a Sandra e ao Olavo . Objectivos:

1º) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2º) Abra-o na página 161;
3º) Procurar a 5ª frase completa;
4º) Postar essa frase no seu blog;
5º) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6º) Repassar para outros 5 blogs.

quinta-feira, novembro 08, 2007

?

Hoje gostava de ser salva de mim mesma..

.. como é que faço isso?!?

terça-feira, outubro 30, 2007

TMN?

TMN?

Varrida a 1.

O ridículo do funcionamento do sistema. Como consumidora quero alterar um tarifário e perguntam-me porquê. (aqui já fico a pensar um bocadinho… porque carga de água tenho que justificar a minha vontade em não querer mais aquela adesão?? … ainda assim respondo que já não lhe dou a utilização inicial aquando da adesão do mesmo).

A senhora depois da minha resposta diz-me, “aguarde um momento por favor que vou verificar..”

E eu penso para os meus botões.. “verificar o quê?”

Mal termina a palavra verificar, espeta-me com uma música dos da weasel que já enjoa só de pensar nela.

Volta a falar comigo e diz-me.. “mas você tem utilizado com muita frequência o nosso serviço.” Que carga de nervos. Desde quando dei permissão para acederem aos meus registos telefónicos??

Ao que eu respondo: “e então?”

A senhora ficou desmontada. Isto porque no manual de instruções às respostas a dar aos clientes não deve estar lá o ponto que faz referência a perguntas do tipo “e então?”.

Gagueja e depois afirma: “ah isso quer dizer que está satisfeita com o nosso serviço..”

“Até posso estar, mas isso agora não interessa. O que eu quero mesmo é que ele seja desactivado. Tão somente isso e não creio que o contrato que NÃO tenho com a TMN me obrigue a justificar a minha decisão de não querer continuar a aderir ao serviço. É possível dar resposta ao meu pedido?”

Telefonista: “Concerteza… posso ajudá-la em mais alguma coisa?”

“Pode, claro. Quero desactivar um outro serviço ao qual aderi sem me aperceber numa mensagem que enviaram.”

Resposta: “Lamento, mas para desactivar outro serviço tem que voltar a ligar.”

?!?!?!

Engraçado. Para aderir não há complicações nem perguntas.

E eu que dava pouco uso ao meu 91…

segunda-feira, outubro 22, 2007

Que dores!

Tens sisos?

Olha, não os tivesses! Arrancá-los é do pior que há.

Queres uma carinha laroca toda inchada à pala da extracção de um siso?

Que dores!! Ainda tenho mais 3 jeitosos para arrancar... só de pensar dá-me arrepios.

terça-feira, outubro 16, 2007

Argh!!

Estou danada!

Arghhhhhhhhhh!

Votos? De quê? Promessas do quê?

O único compromisso que quero ter nesta altura é comigo. Permitem-me que o tenha?

Não há paciência para cobranças. Já me chegam as finanças que até na compra de um chocolate me cobram a merda do imposto de valor acrescentado. E porquê? Porque é doce? Ou porque simplesmente querem cobrar?

Estou farta que me peçam definições daquilo que sou. Olha, não tenho nenhuma. Gostas assim? A mim parece-me que gostas. Porque acredita, acredita, a partir do momento em que me definir não vais achar piada nenhuma. Deixo ter piada. Pronto. Sabes porquê? Porque a partir daí olho para ti e digo-te adeus. Aí tens uma definição. Não gosto de pressão.

Não quero pressões. E não, não tenho medo do compromisso. Tenho é medo não estar a escolher em pé de igualdade. É isso. Queres definições? Defino-me a partir do momento em que estivermos a subir no mesmo degrau. Pode ser? Olha, tenho essa vontade. Chama-lhe capricho.

Estou em vias de explodir. Dá graças por eu só ter uma crise "existencial" de quando em quando. É uma mania que tenho. De vez enquando apetece-me falar. Coisa rara, bem sei, apetecer-me falar. É que as vezes não tenho paciência para te ouvir. Gosto de estar em silêncio, leva lá com esta definição.

E mais uma coisa, não quero votos nem promessas. Eu não vivo de palavras. Aprendi, da forma mais convincente, de que essas, as palavras, quando coladas de emoção unem as pessoas através de um fio invísivel que perdura mais do que uma vida.

Lamento, é tudo o que posso dar agora. Chega?

terça-feira, setembro 11, 2007

Vamos a isso?

(O Ermita do Tarot de Oscar Araripe)


Foi na semana passada que por impulso voltei a pegar no Tarot para fazer uma consulta. Há mais de 3 anos que tinha colocado essa ferramenta em stand by.

Foi por impulso, foi intuitivo e natural. Estava com medo. Mas a necessidade de responder a uma pergunta que precisava ser formulada era tanta que peguei nele e joguei. O jogo foi lançado. O medo desapareceu e a história foi contada. Parecia uma criança. Depois da consulta apetecia-me saltar, correr e ficar a sorrir para aquelas cartas.

Fiquei com vontade de ler todos os livros que me possam ajudar a saber mais de cada Carta. Depois voltei a mim e pensei: "lá estás tu mais uma vez... és sempre a mesma Telma! ... desta vez é diferente. Tem que ser diferente. Chega da desculpa de achar que não sabes o suficiente. A desculpa de que só quando souberes TUDO o que há para saber é que podes fazer. ..."

E voltei a mim.

Hoje, mais uma vez, dei por mim a pensar no Tarot. Acho que pelo menos esse assunto começa a ficar curado dentro de mim.

Vamos lançar as cartas?

segunda-feira, setembro 10, 2007

Não sei..



E se tu pudesses dizer-me o que fazer? Mas não podes, não é? É. Não podes.

Nestas encruzilhadas onde me encontro... Não aparecem mais do que dúvidas disfarçadas de responsabilidades vazias de sentido. Podes dar-me A resposta? Não podes pois não? Não, não podes.

Queria ter algumas certezas. Pequenas, não importa. Bastava uma pequena certeza. Era o suficiente para sentir um pouco mais de mim. Entendes? Acho que sim, acho que entendes.

Apetece-me não estar aqui. Mas não sei onde estaria bem. E fosse para onde fosse, tudo isso que me deixa em dúvida, todas essas perguntas, iriam comigo e na minha mala de viagem.

Não dizes nada… Não faz mal. Não importa. Estás aí, não é? É. Não sei é se te consigo arrumar em mim.

segunda-feira, agosto 13, 2007

sexta-feira, julho 13, 2007

A com H

"O que há em mim é sobretudo cansaço — Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. "

Álvaro de Campos

domingo, junho 24, 2007

Salaam aleikum

Ando tristinha. Apetece-me colo. Apetece-me paz.

Não encontro nada dentro.


...

Vou até à praia, pode ser que esteja lá alguma coisa.

quinta-feira, junho 07, 2007

Med & Me

Parece que o Verão está a instalar-se lenta e confortavelmente junto dos Algarves. Com o calor, a vontade de sair de casa arranja sempre desculpa para se fazer ouvir e concretizar.

Neste mês, temos uma semana plena de vontade de sair de casa até Loulé (e, não, não é para ir trabalhar). O Festival Med já tem cartaz anunciado e vai decorrer no centro histório de Loulé, entre os dias 27 de Junho e 1 de Julho. Se fôr tão bom como ano passado é simplesmente imperdível!



Comecei agora a ouvir estas vozes no myspace e parece que o Festival vai prometer e cumprir com a mesma qualidade do cartaz do ano passado.

Aynur da Turquia tem uma voz incrível, vão até ao myspace dela e digam lá se não tenho razão.

Vamos até ao MED? VAMOS!

sábado, maio 12, 2007

O Verbo "Ajudar"

Já passaram por mim mais de 100 pessoas no processo de selecção. É muita gente. Demasiada informação para ser pensada.

Tive algumas entrevistas marcantes. Umas pela excelência, outras pela pobreza e outras ainda pelo insólito.

Ontem, entrevistei uma colega de psicologia clínica. Não a conhecia. Fiquei com pena da "minha" (se é que é minha) classe. Eu sei que não anda propriamente fácil arranjar emprego na nossa área. Entendo perfeitamente a necessidade de trabalhar, ainda para mais com uma bolsa de formação aliciante. Mas eu fico doente, juro que fico doente quando me aparecem pessoas que nem sabem ao que vêm. Numa de três possibilidades de inscrição, escolhem a única que tem uma sigla. Pergunto se sabe o que quer dizer e responde-me que não. Pergunto qual é o interesse e diz-me que é muito. Eu pergunto, mas como é que pode ter interesse naquilo que se inscreveu, se não sabe o que é?!? ... Informem-se antes de vir à entrevista.

Hoje, mais uma psicologa clínica. Em 20 minutos, repetiu 40 vezes o verbo ajudar. Diz que não sabe qual é o sonho dela. Entrou para psicologia porque queria ajudar os outros (é bonito, mas pouco profundo). Tirou psicologia porque quer ajudar os outros (é repetitivo e pode tornar-se compulsivo). No futuro vê-se a ajudar os outros com a prática da psicologia (é doentio e já estamos no campo do delírio psicótico). Mais uma vez e em consonância com a colega anterior, escolheu a sigla das 3 possibilidades de inscrição. Dizia que queria ajudar as pessoas do ponto de vista dos alimentos, é o que ela entendia por HACCP. .... É o desespero total. Só não sei se é o meu, se é o dela.

.... Escusado será dizer, mas vou dizer, perdi as estribeiras. Onde andam vocês, enquanto tiram o curso de psicologia? No 12º ano, quando se tem psicologia pela primeira vez, é natural que sintam vontade de ajudar o outro. Quando terminam o curso, percebem que não podem ajudar? Até podem dar o pino e a cambalhota de seguida. Ajudar, não. Podem ser peritos em técnicas de mundança de comportamento e podem ser facilitadores ou canais de mudança. Ajudar não. Podem ser espelhos de acolhimento e entendimento. Ajudar? Ajudem-se a vocês próprios na vossa senda pessoal. Podem iluminar, mas o outro e somente o outro é que pode ligar o seu próprio interruptor.

Quando isto terminar.... vou ver se arranjo tempo para escrever um livro. Há tanto material para ser usado que dava para escrever uma triologia.

Ps: Mais uma dica: não olhar a(o) entrevistador durante os 20 minutos de duração da entrevista não é bom sinal. Mas agrava-se a partir do momento em que estão sistematicamente a olhar para o antebraço. Mais ainda, é gritante quando passam a mão pela língua para limparem o dito antebraço.

quinta-feira, maio 10, 2007

Nem sempre é fácil...

Já pensaram nas pessoas que nos aparecem pelo caminho?

E nas situações com que nos deparamos, já pensaram?

Eu penso nisso com alguma regularidade. Tento dissecar, analisar e perceber o padrão.

E a vida vai sempre trazendo os testes. Esses, os testes, que aparecem a cada vez com camuflagens mais e mais requintadas, servem para nos alertar da necessidade de apurar os nossos sentidos não sensoriais. Afinam aquilo que precisa ser trabalhado.

Tive mais um desses testes. Reconheci aquela energia a partir do momento em que a vi. Primeiro aquele vício visceral de querer ver, sentir, cheirar, ouvir e gostar. Arrepiei-me e reconheci. "Conheço-te", pensei.

Confirma-se, reconheço-a.

O desejo quer percorre-la. Respirá-la. Cada célula do corpo estremece em sintonia e é permeável a tudo o que não pertence a este mundo. Por momentos a razão deixa de existir e a vontade da entrega é movimento inconsciente.

De repente, a memória abre a porta e pergunta: "mas isso eu já vivi, não é?"

Lamento-me ao dizer que sim.

Fico triste porque me apetece, mas não me quero em repetição. Mas fico feliz, muito feliz, por saber que já consigo ver antes de lá estar.

sexta-feira, maio 04, 2007

Intermitências

Falemos.

E continuemos a falar. E mais ainda, falemos.

No outro dia, parece que nasceu um mim uma outra pessoa. Não foi assim, de um momento para o outro. Ela andava a tentar crescer para poder ter forma cá forma. Andava à procura de uma forma nova para mim. Fui construindo. Diariamente. Lentamente. Andava ansiosa para ver como seria. Não fazia ideia de como poderia ser, sabia e afirmava que teria que ser decidida. Tinha que ser assertiva, tinha que ter acesso ao poder interior e usá-lo com clareza e objectividade. Sabia que tinha de ser uma mulher.

Senti-me assim.

Não importa o faça, desde que o faça com amor. Interiorizei. É um caminho para me levar ao algum lado. E eu sei qual é. Focalizei.

E ando intermitente.

Quanto mais próximas são as relações, com maior intensidade nos projectamos e estamos nelas. Ontem ia morrendo de susto. Mas eu sabia que estava para acontecer. Afinal, nós no fundo sabemos tudo. Ou então não sabemos, e quando usamos essa expressão... usamo-la simplesmente para colmatar uma falha interior muito grande: a de não sabermos nada. E temos que nos centrar nas evidências. E é aí que nos sentímos culpados, doentes.... ah, e já referi culpados?

A minha mãe está em processo há algum tempo. E agora? Agora é o culminar de tudo aquilo que foi sendo acumulado durante anos e anos de tristeza.

E eu?

Eu agora só me consigo adjectivar de péssima para baixo.

Eu sou a psicóloga clínica que nem filha consegue ser.

Afinal, não nasceu a nova forma em mim. Foi um vislumbre daquilo que poderia ser.

segunda-feira, abril 23, 2007

Dicas Preciosas

Quando forem a um entrevista de trabalho e vos perguntarem alguma coisa acerca do vosso perfil profissional, pensem bem e não respondam algo parecido como: "eu acho que gosto de trabalhar, não sei..." É uma frase suspeita e pode dar azo a levantar sérias dúvidas à entrevistadora acerca do próprio papel dela, naquela altura e naquele lugar.

Quando elaborarem um currículo, tenham cuidado com o que colocam na secção de experiência profissional. Se não a têm, não a inventem. Correm sérios riscos de nem sequer vir a ser chamados para uma entrevista. Sim, é um facto, ter estado a "colaborar" na barraquinha de curso da semana académica durante 3 noites, nas quais possivelmente bebeu-se mais do que se deu a beber, não é contabilizado e quanto muito pode dar pontos negativos.

Continuando numa de currículo. Se têm hobbies, fantástico. Tanto melhor para vocês. Mas montar puzzles e fazer criação de peixes de aquário é muita coisa junta num só parágrafo. Principalmente quando já têm 35 anos e não conseguem estar mais do que 2 meses no mesmo local de trabalho. Isso pode ser sintomático...

E pronto já foram 9 entrevistas. Já só faltam 140.

domingo, abril 22, 2007

Micamo



Tinha-te a ti.

Tinha-te a ti e tinha paz

Num país que era ainda sonho

Onde a tristeza não tinha lugar

Pois era uma canção

Que não te ouvi cantar.

No tempo das crianças

Não se pode chorar

Nada e ninguém é infeliz,

Tudo é giz

A desenhar cidades

E mesmo a noite ao abraçar o ar

Não passava da porta

Para me vir buscar.

Quantos milhões de estrelas conseguiste pintar?

Tenho-te a ti, tenho-te aqui

Nesta canção oração,

Hoje sou só saudade.

E quando às vezes tendo a desistir

Do jogo da cidade

Que não se vai cumprir

Encosto-me ao teu ombro

Que hoje é parte de mim.

E um dia eu vou ter o prazer

De viver em frente ao infinito mar

E num instante recolher do ar

E graça desse amor

Que pudeste deixar

Para fazer o dia

Finalmente chegar.


JP Simões, Micamo in 1970

Descoberta muito boa, aquela que fiz na sexta feira passada, quando fui ao CAPA ouvir JP Simões. Confesso que fui sem saber ao que ia. Soube bem, muito bem. JP Simões, tem um não sei quê de melodramático-sarscático-inteligente. Ao vivo estabelece uma ligação muito próxima com o público. As músicas têm letras mais que bonitas, que são adoçicadas na perfeição por um som luso-samba.

Das muitas músicas que gostei, escolhi a letra de Micamo para colocar no blog, ficou gravada na minha cabeça.Vejam e Oiçam-no no vídeo que está em baixo do meu perfil e digam lá se não vale a pena...!

segunda-feira, abril 16, 2007

:)


Meus amigos. Tenham cuidado com o peçam porque pode acontecer!

No post de 7 Março pedi uma mudança. Pedi um novo trabalho, afirmei o que queria. Passado meia hora a ter escrito o post, o telefone toca. Estavam a ligar-me para ir a uma entrevista nesse mesmo dia.

Fui à entrevista, não acreditei que fosse ser seleccionada.

O meu contrato terminava no dia 9 de Abril. Ainda me restavam 11 dias de férias, que andava louca para ter. E que ainda ando mais maluca para ter. Quanto mais desejo parar, menos oportunidades a vida me dá.

Passado duas semanas dessa entrevista fui chamada para uma segunda entrevista. O meu sentido de orientação é fantástico, tenho uma memória fotográfica. Nunca me tinha perdido...No dia 21 tinha entrado de férias e comecei a dar formação. Precisamente nesse dia, que disse na primeira entrevista, que iria estar disponível para entrar no novo trabalho, ligaram-me a perguntar se podia ir à segunda entrevista. Fui dar a formação, perdi-me.. andei mais de uma hora e meia perdida. Dei a formação. Cheguei atrasada à entrevista e fui seleccionada.

Formação para dar, entrevistas de trabalho, consultas de psicologia clínica, seminário final do projecto insertjovem, relatório de avaliação final do projecto, adaptação ao novo local de trabalho e compra de um carrinho novo. A tudo isto junta-se muito cansaço. E também muitas desculpas a pedir a todos os que me ligam e que eu não respondo em retorno.. ou porque estou a trabalhar ou porque estou a dormir. No próximo fim de semana vou colocar em dia os telefonemas, os cafés, os agradecimentos e tudo e tudo e tudo. Acho que agora finalmente começo a entrar no novo ritmo de vida.

A secretária não tem vista para o mar. Mas as pessoas tratam-me com muita consideração.

Peçam e ser-vos-á dado...

sexta-feira, março 09, 2007

28!

A corrida para os 30 vai num passo acelerado!

Roteiro do dia:

- receber os parabéns das pessoas fantásticas que conheço;
- receber as pessoas na minha futura casa com um bolinho, um vinho, muita alegria e com uma lágrima ao canto do olho;
- celebrar uma nova etapa da minha vida.

É só mimos e ainda são 9h50 da manhã! O dia promete!

quarta-feira, março 07, 2007

Procura-se..

Local de trabalho que apresente condições físicas e de relacionamento com os colegas perfeitas.

Condições físicas do ambiente de trabalho:
- secretária com vista para o mar (é negociável)
- computador e impressora
- telefone
- sala não partilhada com mais ninguém ou então com muita gente divertida e descontraída (algo parecida com o ambiente de trabalho da equipa do Google)
- horário de trabalho flexível...

Relacionamento com os colegas:
- perfeito;
- ninguém chega ao trabalho de trombas;
- as pessoas sabem comunicar;
- ninguém quer lixar ninguém;
- todos cooperam para um objectivo em vez de andarem às aranhas com porcarias que não interessam a ninguém e que só fazem perder tempo a quem tem mais do que fazer;
- todos dão o seu melhor para criar um ambiente saudável e não poluído de intrigas, insatisfação, frustração e angústia - ou seja, gostam daquilo que fazem e são pessoas resolvidas.

Oferece-se:
Psicóloga Clínica - uma boa profissional com espírito de sacríficio, criativa, organizada e que gosta de rir. Ultimamente parece que desaprendeu a rir. Mas reaprende com grande facilidade as coisas boas que antigamente eram parte integrante da sua natureza.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Back!

Ontem li: "Parece que foste para o Porto e não voltaste..."

E eu penso: "gostaria de lá ter ficado." E respondo: "pois, parece que não voltei."

Logo a seguir perguntaram-me: "Não escreves no blog, porquê?"

"Nem sei porquê", penso eu. E respondo pensando que sei. E de facto até sei.

...

O Porto.. foi atribulado. Cansativo. Estupidificante. E eis que de repente tive um rasgo de iluminação e adjectivei de uma forma perfeita o meu trabalho.

A parte boa e fantástica foi o pós-laboral. Os meus 12 magníficos são brilhantes. Estiveram na perfeição a representar o Algarve e combateram de uma forma humilde e despretensiosa o mito de que no Algarve não se trabalha. Fiquei orgulhosa!


(os 12 magnificos comigo)

O Porto é uma cidade bonita. Já a conheci em outras circunstâncias. Desta vez, só a pude ver de noite. E que maravilha de noites. Não fosse o cansaço e teria sido bem melhor. Fiz o impossível: encontrar às 5 da manhã uma pessoa conhecida que já não via há anos.

Detestei o sítio onde fiquei a dormir. O nome diz tudo Residencial Pão de Açucar. Evitem-na a todo o custo. Da próxima vez sou eu que organizo a estadia.

(foto da escadaria, a coisa mais bonita da residencial e que eu não consegui fotografar como deve de ser)

Adorei um jantar em particular num restaurante magnífico. As entradas maravilhosas, o prato principal fantástico, o vinho mais do que bebível e as sobremesas deliciosas. O atendimento excepcional. Fica aqui a síntese do que pode ser uma visita ao Solar do Pátio.

Adorei conhecer o bar "Maus Hábitos", tem um ambiente perfeito. A entrada no elevador manhoso para chegar lá acima pode assustar os mais sensíveis. Os mais corajosos sempre podem subir as escadas. Mas depois... depois de se chegar lá acima vale a pena. Música ambiente, salas com exposições... muito bom.

(foto de uma exposição nos "Maus Hábitos")

Passar a ponte D. Miguel a pé com o intuito de ir até aos bares e ouvir música ao vivo tornou-se numa aventura. A seguir voltar para o outro lado e ir até ao "Contagiarte"... bar estranho, música estranha, pessoas estranhas, chão a tremer e tecto a cair.. Mas engraçado.

(em Gaia no bar com música ao vivo - quase que não ficava na fotografia)


(Pormenor do "Contagiarte")

Na volta fui até Lisboa e depois fui até Sintra conhecer a Quinta da Regaleira. ADOREI! Tenho que lá voltar! Não deu para ver um terço daquele espaço e não tinha vontade nenhuma de lá sair. Fica prometida pelo menos mais uma visita.

(Quinta da Regaleira)

Foi preciso sair de Faro uma semana para acontecer alguma coisa de novo nesta cidade. Quando voltei já tinham aberto dois bares (o Aparteclub em Faro e o Suigeneris na praia de Faro) e um novo centro comercial. Um viva às catedrais do consumo e do apelo à dispersão.

Ontem descobri que o AtriumFaro já abriu. Quer dizer, mais ou menos. Parece que abriu as portas e não avisou ninguém na cidade. Boa publicidade. É por isso que as coisas funcionam. E bem. Tão bem que a única coisa que está aberta para além das portas principais são as três salas de cinema. Fora de brincadeiras... Está um espaço muito bonito, com muita luz, arquitectonicamente muito bem conseguido, só por isso vale a pena a visita. E tem a vantagem de não nos sentirmos tentados a gastar dinheiro visto que as 30 lojas estão bem fechadas.

Para quando uma FNAC por favor?!? ..

Cheguei a Faro, queria férias e não mas deram. Cheguei a Faro e fiquei doente. Cheguei e fiquei ainda mais silenciosa.

Confirma-se: retornei a Faro..


segunda-feira, janeiro 22, 2007

Agenda


Mala para isto, mala para aquilo, mais uma coisinha e ainda mais outra... E não cabe tudo o que se quer levar... e o mais grave: quase que não sobra espaço para a roupa! É o drama..


Bem, lá vou eu para o Porto com uma reunião com uma ordem de trabalhos do tamanho de uma lista de compras de mercearia para o mês, numa casa onde habitam 10 pessoas. Ou talvez um bocadinho maior.


E na descida até ao Algarves uma pausa de dois dias em Lisboa à espera de novo comboio.


Pode ser que dê para esquecer Faro nos próximos dias.


quinta-feira, janeiro 18, 2007

1GB

E no que é que dá comprar um cartão de memória para a máquina digital?


Dá nisto. Dá em passear por Faro e tirar fotos indiscriminadamente. Sem ter a preocupação se saem alguma coisa de jeito.


Vou repetir a experiência. Foi bom, muito bom.






sexta-feira, janeiro 12, 2007

Al Berto

Já que não escrevo nada, transcrevo um excerto daquilo que ando a ler.




Ofício de Amar


já não necessito de ti
tenho a compreensão nocturna dos animais e a peste
tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio doutras galáxias, e o remorso

um dia pressenti a música estelar das pedras, abandonei-me ao silencio
é lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração
não, não preciso mais de mim
possuo a doença dos espaços incomensuráveis
e os secretos poços dos nómadas

ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto
deixei de estar disponível, perdoa-me
se cultivo regularmente a saudade de meu próprio corpo




(Al Berto in O Último Coração do Sonho, pp. 38)