quinta-feira, novembro 29, 2007
Nua
Quero despir-me de ti
Tenho medo do frio
Mas não quero o teu casaco nos meus ombros
Por momentos, esqueci-me de que passo bem sem ele
É teu, já não te recordas?
Vou despir-me de ti
O teu perfume queima demais a minha pele
Quero cheirar o meu cheiro
Os teus sapatos não me deixam andar no passo do meu caminho
Quero andar descalça
Não me dês nada que não possa receber
Quero vestir a minha pele
E,
Agora, quero vestir-me de Adeus
Faço a mala
Nua
Entrego-te a roupa
Usa-a em ti, que deve fazer-te falta
Em mim pesava demais.
quarta-feira, novembro 28, 2007
Lavagem ao Ego
terça-feira, novembro 27, 2007
Fragilidades
O que dizer da fragilidade?
Será que pelo facto de conseguirmos ver a fragilidade do outro estaremos nós fragilizados também?
Ou então, será por já lá termos estado, que sabemos reconhecer imediatamente aquele sentir?
Mais ainda, evitaremos nós ao máximo esse encontro com o outro fragilizado porque não queremos olhar para dentro de nós e, reconhecer, que aquilo que nos faz comichão no vizinho é uma nossa circunstância interna mal resolvida?
Não sei. Não sei responder a nada disso. Só consigo fazer algumas congeminações mentais que acabam por ser improdutivas e que geram lixo mental.
O que é certo é que o encontro com os outros à minha volta está a deixar-me inquieta. Observo os mundos interiores dos outros e vejo que está tudo a entrar em colapso.
Encontro pessoas cada vez mais tristes. Será que sou que estou demasiado triste e que estou desperta para ver somente estes estímulos externos? Se for esse o caso, reclamo alegria até mim. Reclamo alegria para poder partilhar com os outros.
Vou ao Multibanco olho para o lado e vejo uma senhora a arranjar coragem para se atirar de uma varanda. Senti o terror dela, a tristeza profunda que ela carregava, a dor atroz que a estava a levar a tomar aquela atitude. Ouço-a, ou penso que a ouço a falar com ela. “Jogo-me ou peço por socorro? Se me jogar peço por socorro na mesma..? E será que tenho uma segunda oportunidade se por um momento magoar o meu corpo físico e poder reiniciar do ponto de partida nesta viagem que parece que deixou de ter sentido? Será que aí encontro o sentido? Onde é que estou eu? Não estou em mim, e ainda bem que não estou para não me poder ver. E se me matar, será que tudo termina de facto? E se for penalizada por isso? E se juntar pontos negativos na minha caderneta? E será que alguém vai sentir a minha falta? Porque é que ninguém me ouve? Porque é que ninguém me sente? O que faço com este vazio?”
É uma imagem que não me sai da cabeça. A imagem de alguém que quer acabar com aquilo que ninguém sabe como começou verdadeiramente e qual o objectivo final.
Chamei a polícia e rezei uma oração que saiu de um lugar qualquer de mim e pedi luz para aquela mulher. Não saltou, o apoio chegou atempadamente.
A dor que senti naquela altura, não era a dela... ou como dizer, não era só a dela. Era uma tristeza que vinha das profundezas da terra. Mas o que se passa com o mundo, com todos nós? Não me digam que é um sinal dos tempos. O que é que é isso do sinal dos tempos?
Esse dia foi determinante para mim. E espero que para ela tenha sido um ponto de viragem. E consigo compreender de uma forma mais ou menos elaborada o porquê desse acontecimento significativo e a ressonância interna que ele causou. Se estava a criar rotinas, a partir desse dia, ficou clara a minha necessidade de precisar ainda mais de mim.
Será que pelo facto de conseguirmos ver a fragilidade do outro estaremos nós fragilizados também?
Ou então, será por já lá termos estado, que sabemos reconhecer imediatamente aquele sentir?
Mais ainda, evitaremos nós ao máximo esse encontro com o outro fragilizado porque não queremos olhar para dentro de nós e, reconhecer, que aquilo que nos faz comichão no vizinho é uma nossa circunstância interna mal resolvida?
Não sei. Não sei responder a nada disso. Só consigo fazer algumas congeminações mentais que acabam por ser improdutivas e que geram lixo mental.
O que é certo é que o encontro com os outros à minha volta está a deixar-me inquieta. Observo os mundos interiores dos outros e vejo que está tudo a entrar em colapso.
Encontro pessoas cada vez mais tristes. Será que sou que estou demasiado triste e que estou desperta para ver somente estes estímulos externos? Se for esse o caso, reclamo alegria até mim. Reclamo alegria para poder partilhar com os outros.
Vou ao Multibanco olho para o lado e vejo uma senhora a arranjar coragem para se atirar de uma varanda. Senti o terror dela, a tristeza profunda que ela carregava, a dor atroz que a estava a levar a tomar aquela atitude. Ouço-a, ou penso que a ouço a falar com ela. “Jogo-me ou peço por socorro? Se me jogar peço por socorro na mesma..? E será que tenho uma segunda oportunidade se por um momento magoar o meu corpo físico e poder reiniciar do ponto de partida nesta viagem que parece que deixou de ter sentido? Será que aí encontro o sentido? Onde é que estou eu? Não estou em mim, e ainda bem que não estou para não me poder ver. E se me matar, será que tudo termina de facto? E se for penalizada por isso? E se juntar pontos negativos na minha caderneta? E será que alguém vai sentir a minha falta? Porque é que ninguém me ouve? Porque é que ninguém me sente? O que faço com este vazio?”
É uma imagem que não me sai da cabeça. A imagem de alguém que quer acabar com aquilo que ninguém sabe como começou verdadeiramente e qual o objectivo final.
Chamei a polícia e rezei uma oração que saiu de um lugar qualquer de mim e pedi luz para aquela mulher. Não saltou, o apoio chegou atempadamente.
A dor que senti naquela altura, não era a dela... ou como dizer, não era só a dela. Era uma tristeza que vinha das profundezas da terra. Mas o que se passa com o mundo, com todos nós? Não me digam que é um sinal dos tempos. O que é que é isso do sinal dos tempos?
Esse dia foi determinante para mim. E espero que para ela tenha sido um ponto de viragem. E consigo compreender de uma forma mais ou menos elaborada o porquê desse acontecimento significativo e a ressonância interna que ele causou. Se estava a criar rotinas, a partir desse dia, ficou clara a minha necessidade de precisar ainda mais de mim.
segunda-feira, novembro 26, 2007
sexta-feira, novembro 23, 2007
Prémio Para Mim, Prémio Para Ti
Um prémio! Que bom! Agora, cabe-me a mim distribuir o prémio que me chegou de acordo com algumas directrizes.
Assim, há que seguir as regras indicadas:
1. Indicar quem foi que atribui o prémio - Pequenos Pormenores - Obrigada Lita!!
2. Atribuir o prémio a 7 blogs que considere "até não são mau blogs" ... Para mim, são os blogs que ando sempre a espreitar, que me fazem navegar e neptunar com uma regularidade quase diária nas palavras e imagens. E são eles:
Lita - http://deambulando-no-sentir.blogspot.com/ - retribuo o Prémio porque me apetece, por que posso e claro....porque ADORO o teu blog.
Olavo - http://comentariosdepassagem.blogspot.com/
Olavo - http://comentariosdepassagem.blogspot.com/
Bentes & Companhia - http://semimagens.blogspot.com/
Borboletas e Fadas - http://butterfliesfairies.blogspot.com/
E agora, permitam-me que premeie um Blog que anda nas areias movediças da internet. A aparecer, a desaparecer e em constante reanimação cardíaca. Pode ser que com este Prémio consiga renascer das cinzas a que os seus colaboradores o remeteram.. Não é só por fazer parte dele, mas é por achar que tem potencial.. e Depois desta introdução manhosa cá vai.:
- CSA - A Verdade Anda à Solta - a vida pode ser uma cena marada: http://csa-averdadeandaasolta.blogspot.com/
3. Fazer referência ao criador deste prémio - http://nporca.blogspot.com/
segunda-feira, novembro 19, 2007
Procuram-se na Memória..
quarta-feira, novembro 14, 2007
terça-feira, novembro 13, 2007
Da Motivação
Decidi que o final do ano é quando se quer e como se quer. Não quero passas, não quero 12 badaladas, não quero o vestidinho preto e o sapato de salto alto..
Decidi que todas as semanas até ao final de ano vou mudar aquilo que quero mudar. Em cada semana vou introduzindo e mantendo essa alteração.
Semana passada: comecei a ir ao ginásio às 7h da manhã. Cai em mim e percebi que a única hora que tenho como certa é a hora de entrada no trabalho. É deprimente não saber a que horas se sai. Muito embora saibamos que é às 18h. É melhor nem pensar senão... jogo-me de uma ponte qualquer. A motivação de acordar diariamente é dificil de encontrar.. escavo bem lá fundo para a encontrar.
O objectivo é aquilo que tem que estar em mente: cultivar a disciplina e ficar em forma.
Esta semana: comprei finalmente a darbuka. Estou a aprender a tocar. :) Muito barulho, nenhuma técnica e muita vontade de aprender. Divertido!!
Objectivo: cultivar o método, aprender novamente música e quem sabe aprimorar os meus movimentos de dança do ventre.
Para a semana: dedicar uma hora de estudo por dia a uma matéria que ainda vou ponderar a escolha.. Objectivo: manter a mente activa.
Vamos mudar? :D
Decidi que todas as semanas até ao final de ano vou mudar aquilo que quero mudar. Em cada semana vou introduzindo e mantendo essa alteração.
Semana passada: comecei a ir ao ginásio às 7h da manhã. Cai em mim e percebi que a única hora que tenho como certa é a hora de entrada no trabalho. É deprimente não saber a que horas se sai. Muito embora saibamos que é às 18h. É melhor nem pensar senão... jogo-me de uma ponte qualquer. A motivação de acordar diariamente é dificil de encontrar.. escavo bem lá fundo para a encontrar.
O objectivo é aquilo que tem que estar em mente: cultivar a disciplina e ficar em forma.
Esta semana: comprei finalmente a darbuka. Estou a aprender a tocar. :) Muito barulho, nenhuma técnica e muita vontade de aprender. Divertido!!
Objectivo: cultivar o método, aprender novamente música e quem sabe aprimorar os meus movimentos de dança do ventre.
Para a semana: dedicar uma hora de estudo por dia a uma matéria que ainda vou ponderar a escolha.. Objectivo: manter a mente activa.
Vamos mudar? :D
segunda-feira, novembro 12, 2007
1º livro, página 161, 5º Frase Completa
Lá tive que aceitar o desafio do Bentes..
5º Frase Completa:
"Todas as opiniões são bem-vindas e não podem ser julgadas."
Onde estava esta maravilha?
No Manual de Facilitação para a Gestão de Eventos e Processos Participativos, de Ulrich Schiefer, Paulo Jorge Teixeira e Susana Monteiro, da Editora Principia.
Livrinho técnico para a formação.... hum... coisa boa de ler...
Passo a palavra à Lita, a Sandra e ao Olavo . Objectivos:
1º) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2º) Abra-o na página 161;
3º) Procurar a 5ª frase completa;
4º) Postar essa frase no seu blog;
5º) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6º) Repassar para outros 5 blogs.
5º Frase Completa:
"Todas as opiniões são bem-vindas e não podem ser julgadas."
Onde estava esta maravilha?
No Manual de Facilitação para a Gestão de Eventos e Processos Participativos, de Ulrich Schiefer, Paulo Jorge Teixeira e Susana Monteiro, da Editora Principia.
Livrinho técnico para a formação.... hum... coisa boa de ler...
Passo a palavra à Lita, a Sandra e ao Olavo . Objectivos:
1º) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2º) Abra-o na página 161;
3º) Procurar a 5ª frase completa;
4º) Postar essa frase no seu blog;
5º) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6º) Repassar para outros 5 blogs.
quinta-feira, novembro 08, 2007
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