segunda-feira, dezembro 29, 2008

Tarot...Interrogação


Acredito em energia. Nós somos energia. Não me faz sentido o uso de ferramentas como o Tarot como álibi para fazer mal a quem quer que seja. Aliás, a primeira vez que me falaram de tal coisa, nem eu sabia que tal seria possível. Essa parte da matéria passa-me ao lado. Como autodidacta que sou desde os meus 16 anos, e com 4 anos de paragem no estudo, não me deu para aprofundar o lado menos bonito desta linguagem. Considero, isso sim, que conhecimento é poder. E, tal qual como todas as formas de poder, só o podemos usar de acordo com o nosso maior ou menor grau de consciência.

Em conversas com que estuda o Tarot, verifico que com mais ou menos frequência a esmagadora maioria das pessoas ainda observa os estudiosos do tarot como Bruxos ou Bruxas. Com uma conotação negativa de tal ordem que chega a magoar. Provoca-me arrepios (memórias de outra vida?!?), este sentir de uma porção de pessoas, que bebem do mesmo inconsciente colectivo (o mito da bruxa queimada na fogueira?!). É possível que ainda existam pessoas a usar de energias negativas em ferramentas como o Tarot e outras similares. No entanto, acredito também em terapeutas, em curadores activos que estão e são conscientes de um trabalho de evolução e não de involução.

A forma como encaro o Tarot, desde que me lembro, foi sempre numa perspectiva terapêutica. Até hoje, não o consigo ver de outra forma. Se tudo é energia, as cartas manifestam a energia da pessoa que está à minha frente. E, elas, as cartas, falam comigo numa linguagem simbólica, que numa fase posterior, a do diálogo com o cliente, são colocadas em palavras à luz da minha consciência. O processo de diálogo, depende da minha capacidade de traduzir aquilo que vejo e da capacidade do receptor receber determinada informação. As frases dispostas pelas cartas, podem manifestar quais os processos activos no “agora” da pessoa à minha frente.

Para mim, a disposição das cartas e as cartas em si, são uma ponte para espelhar aquilo que o outro já sabe de si. Sim, tudo aquilo que é dito em sessão, já o próprio cliente sabe de si mesmo. Não há nada de novo. O que acontece é que alguém estranho, externo a ele, está a falar dele mesmo. É tão-somente isso. E às vezes, é só isso que é necessário para despoletar uma série de mudanças internas. É através da palavra que nasce a cura.

Pergunto, afinal o que há de mágico aqui?

23 comentários:

Lita disse...

Para mim, a magia surge quando o outro se vê espelhado nas tuas palavras. Quando ele descobre que já sabia, que as respostas ESTAVAM, de facto, dentro dele. Mas ainda assim, encontrou "deus" num canal... as tuas palavras.
Lindo texto!

Neptuna disse...

:) obrigada pelo teu comentário tão bonito. :)

Hélio disse...

As minhas palavras exactamente... E mesmo assim, há pessoas às quais tentamos explicar isto e parece que têm o singular prazer de nos estar a ouvir somente pelo prazer de nos ver fazer uma figura (no olhar deles) absolutamente ridícula. Não os julgo, já que do outro lado também não há julgamento... e, aliás, ultimamente até me rio por terem escolhido ser assim!
Muitos parabens pelo blog (gostei também da tua análise numerológica para o próximo ano... eu proprio, como numero de expressão sou... 4 :) )
Beijinhos! :)

Miguel Montes disse...

Não percebo nada disto nem acredito nestas coisas. Por isso peço desculpa se as minhas dúvidas seguintes forem bastante estúpidas...

Como é que as cartas nos dizem como nós somos? Como é que elas manifestam a energia da pessoa que está à tua frente?

Se falam em símbolos, e a leitura delas depende da interpretação de quem as lê, então qual o grau de certeza que pode haver numa dessas leituras?
Se duas pessoas estiverem a fazê-lo ao mesmo tempo em relação a mim ("cliente"), cada uma pode interpretar essa leitura à sua maneira? Podem determinar leituras completamente diferentes?
Uma pessoa não muda quase nada em poucos minutos. Se forem lançadas dois "sets" de cartas ao mesmo tempo, elas têm que ser energeticamente iguais e traduzir os mesmos resultados?
Se não, onde está a fiabilidade destas leituras?

Não será o posterior processo de diálogo tão aberto e tão abstracto que a pessoa ("cliente") consegue identificar-se facilmente com o que lhe está a ser dito, só porque quer (in)conscientemente fazê-lo?

E já agora, se esse processo de transferência energética e tradução é tão facilmente comunicado e simples que não necessita mais que umas quantas cartas com desenhos, porque não são estes diálogos mais concretos?
Por exemplo, se me estivessem a ler as cartas neste preciso momento, conseguiriam saber através dessa energia que estava com fome? Ou com sono? Ou com dor de cabeça? Ou a pensar na passagem de ano? Se sim, como e porquê? Se não, porque não?

Andreia disse...

Tudo em nós é magia... *

Neptuna disse...

Hélio,

obrigada pela visita ao meu blog. Obrigada também pelas tuas palavras. é bom encontrar pessoas com uma visão similar do mundo..! (eu tenho o 5 como número de expressão, curiosamente igual ao meu ano pessoal) vou dar um saltinho ao teu blog!

Neptuna disse...

Miguel, cá vai a resposta às tuas questões.

P: Não percebo nada disto nem acredito nestas coisas. Por isso peço desculpa se as minhas dúvidas seguintes forem bastante estúpidas...

R: :)

P: Como é que as cartas nos dizem como nós somos? Como é que elas manifestam a energia da pessoa que está à tua frente?

R: A forma, ou o princípio básico como eu vejo as cartas, é o seguinte: elas contam uma história. E nessa história temos um herói que parte à procura de si mesmo. Nesse percurso ele vai tomando várias formas e vai sendo confrontado com vários desafios. As cartas personificam arquétipos que podem ser actividados ou não pelo herói na sua senda pessoal.

P: Se falam em símbolos, e a leitura delas depende da interpretação de quem as lê, então qual o grau de certeza que pode haver numa dessas leituras?

R: Sim, a interpretação das cartas tem que ver com o grau em que eu consigo ler determinado símbolo. Isto significa que quanto mais eu souber de um símbolo mais eu posso falar dele e mais o consigo associar a outros símbolos e enriquecer a minha interpretação. Por isso, sim, a interpretação das cartas depende dos olhos de quem as interpretam. Grau de certeza? Não vejo o tarot como uma ciência exacta. A minha perspectiva de uma “boa” leitura prende-se só com uma questão: a leitura das cartas fez-te sentido?

P: Se duas pessoas estiverem a fazê-lo ao mesmo tempo em relação a mim ("cliente"), cada uma pode interpretar essa leitura à sua maneira? Podem determinar leituras completamente diferentes?

R: Sim, podes ter leituras diferentes de uma mesma tiragem. Porque o meu entendimento de como as cartas falam umas com as outras poderá ser diferente do de outra pessoa.

P: Uma pessoa não muda quase nada em poucos minutos. Se forem lançadas dois "sets" de cartas ao mesmo tempo, elas têm que ser energeticamente iguais e traduzir os mesmos resultados?
Se não, onde está a fiabilidade destas leituras?

R: Não, não têm que ser necessariamente iguais. Mais uma vez reforço, pode fazer-te sentido ou não uma leitura das cartas. Não entendo o tarot, como sendo uma ciência exacta. A pergunta permanece a mesma: Faz-te sentido esta leitura? Se sim, retem a informação. Se não, deita fora pode ser que um dia possa vir a fazer sentido.

P: Não será o posterior processo de diálogo tão aberto e tão abstracto que a pessoa ("cliente") consegue identificar-se facilmente com o que lhe está a ser dito, só porque quer (in)conscientemente fazê-lo?

R: É possível, depende da pessoa que fores consultar. Só posso falar da minha linguagem. Não posso falar de outras pessoas que lançam as cartas.

A propósito de linguagens. Posso dizer que fui de urgência a um médico, não o escolhi por assim dizer, era aquele que estava disponível para me atender naquele momento. Esse médico queria queimar uma parte de mim porque dizia que eu estaria com uma determinada doença, um cancro dizia ele. Pedi uma segunda opinião, e a linguagem do outro médico para além de ser diferente, deixou-me mais calma e segura enquanto aguardava o resultado dos exames, e este segundo médico não viu um cancro... e os resultados dos exames comprovaram isso mesmo.


P: E já agora, se esse processo de transferência energética e tradução é tão facilmente comunicado e simples que não necessita mais que umas quantas cartas com desenhos, porque não são estes diálogos mais concretos?

R: Já foste a alguma consulta de tarot?


P: Por exemplo, se me estivessem a ler as cartas neste preciso momento, conseguiriam saber através dessa energia que estava com fome? Ou com sono? Ou com dor de cabeça? Ou a pensar na passagem de ano? Se sim, como e porquê? Se não, porque não?


R: Eu acho que a essas perguntas tu consegues responder tão bem, que nem precisas de ir a uma consulta de tarot!

Eu, pessoalmente, posso dizer-te que a esse tipo de perguntas não respondo. Não é esse o tipo de trabalho que quero desenvolver com o tarot. Já tive consultas que recusei fazer por estar associado um determinado teste. Recuso-me a fazer testes que os outros precisam de fazer, com aquilo que me dá prazer trabalhar. As coisas que me fazem sentido, não são propriamente aqueles que me dão mais certezas. São aquelas que me aproximam mais de mim mesma.

Neptuna disse...

Andreia,

sim, tudo em nós é magia! Obrigada pela tua passagem a este cantinho. Já deixei um sorriso no teu blog. Agora é um beijinho!

Lita disse...

Neptuna, adorei as tuas respostas, até porque me aproximou mais da tua visão do tarot e de ti própria.

Não existem coincidências. Aquilo que tiveres para dizer a alguém não é indiferente para essa pessoa, nem para ti! É assim que eu vejo vida!

Neptuna disse...

:) Lita, obrigada pelas tuas palavras e pelo conforto que elas me trazem. Não existem coincidências, mesmo! e, concordo contigo, nós temos sempre qualquer para dizer uns aos outros que poderá não ser indiferente para ambas as partes. eu também vejo vida dessa forma! é muito bom ter-te conhecido! :kiss!

Miguel Montes disse...

Ena, obrigado pelas respostas! Espero que não tenhas ficado chateada por estar a ser tão curioso. Não acredito, mas tenho imenso interesse em perceber mais destas coisas. Como funcionam, quais os processos envolvidos, que resultados fornecem, os porquês... E como és a única pessoa que conheço que percebe realmente disto... :P
Se não for muito incómodo, gostava que desenvolvesses um pouco mais acerca do que acabaste de escrever.

A forma, ou o princípio básico como eu vejo as cartas, é o seguinte: elas contam uma história. E nessa história temos um herói que parte à procura de si mesmo. Nesse percurso ele vai tomando várias formas e vai sendo confrontado com vários desafios. As cartas personificam arquétipos que podem ser actividados ou não pelo herói na sua senda pessoal.

Não chegaste a responder à segunda pergunta. Posso reformulá-la: como é que funciona o processo de ligação energética da pessoa para as cartas?

Sim, a interpretação das cartas tem que ver com o grau em que eu consigo ler determinado símbolo. Isto significa que quanto mais eu souber de um símbolo mais eu posso falar dele e mais o consigo associar a outros símbolos e enriquecer a minha interpretação. Por isso, sim, a interpretação das cartas depende dos olhos de quem as interpretam. Grau de certeza? Não vejo o tarot como uma ciência exacta. A minha perspectiva de uma "boa" leitura prende-se só com uma questão: a leitura das cartas fez-te sentido?

Parece que tem que haver algum modo de quantificar a compatibilização do que lhe foi dito com o que essa pessoa realmente é, uma espécie de escala. Como que uma espécie de valores intermédios entre o "fazer sentido" e o "não fazer sentido". Pode não ser como uma ciência exacta, mas de certo pode ser medida em mais do que duas opções, não?

Sim, podes ter leituras diferentes de uma mesma tiragem. Porque o meu entendimento de como as cartas falam umas com as outras poderá ser diferente do de outra pessoa.

Daí as minhas grandes dúvidas acerca deste género de coisas. Cada um diz a sua interpretação, que está sujeita a errar e a ser falível. Não sei muito acerca do tarot, por isso pego mais no exemplo dos horóscopos. Se ler horóscopos de vários jornais, todos dizem coisas diferentes. Todos são feitos para englobar o maior número de pessoas, são tão abstractos que estas basicamente "se obrigam" a achar um ou mais detalhes, por mais pequenos e irrelevantes que sejam, para encaixar no que está lá escrito. Ou seja, a pessoa como que fica "contaminada".

Não é a pessoa que determina a leitura, é a leitura que determina a pessoa.
Existe esse risco no tarot? De "contaminar" o "cliente"? (no sentido de este se adaptar para encaixar na leitura e assim deturpar o que essa pessoa realmente é)

Já foste a alguma consulta de tarot?

Não, como são? Que tipo de leituras podemos obter? Os tais "processos activos no 'agora' da pessoa", são traços gerais ou detalhes específicos? O tarot é capaz de contar o passado e o futuro? Fornecem soluções, dão azo a (mais) perguntas e dúvidas? Quais as grandes diferenças entre as leituras de tarot e as dos horóscopos?

Eu acho que a essas perguntas tu consegues responder tão bem, que nem precisas de ir a uma consulta de tarot!

Ora aí está. Se eu sei responder tão bem, se estão "tão à flor da pele", então a ligação energética para esse género de respostas parece-me que ainda seria mais fácil de obter e interpretar concretamente e detalhadamente. Parece-me mais simples obter leituras destas coisas banais, do que leituras de traços de personalidade que muitas vezes nem nós próprios sabemos que temos.
Mas o tarot, falando no geral (mesmo que não respondas a elas), é capaz de me dar esse tipo de respostas?
Podes exemplificar respostas que uma pessoa pode obter através do tarot?

Hélio disse...

É engraçado (e transportando o teu comentário para aqui) porque não és a primeira pessoa que me fala em Jung acerca do post das sincronicidades... quando escrevi sobre esse tópico, garanto-te que fui (como ainda sou) alheio à abordagem de Jung. As minhas fontes são outras... ;)

Hélio disse...

Pronto, já me fui informar minimamente da abordagem do Jung à Sincronicidade. O que mais me espantou não foi a sua descrição (porque a maneira como ele lá chegou, ou a fonte dele, acaba por ser a minha...) mas sim o facto do senhor Pauli, um cientista como eu, ter sido co-autor do artigo em que ele apresenta essa teoria.
Eu sempre disse que a Física explicará, um dia, toda a "mecânica" por detrás dos acontecimentos (o que não creio que destrua a magia implícita das coisas - eu continuo a achar mágico que tenhamos telemóveis). Por isso, um dia, acredito, também explicará como é que a nossa Energia consegue "escolher" as cartas de Tarot (através de interacção multidimensional - e isso já se sabe) indicando o "Caminho" que poderemos vir a percorrer se assim continuarmos. :)

E sim, isto anda "em brasa"!
Bjs

Neptuna disse...

Nada para agradecer Miguel.

Penso vir a desenvolver alguns dos temas associados ao tarot em fases mais a frente. Iniciei hoje uma jornada nesse caminho, e pelos vistos é um tema que suscita a curiosidade de muitas pessoas, pelo que penso vir a trabalha-lo neste espaço com mais tempo e profundidade.

Deixa-me somente fazer um parêntesis. Pelo facto de eu estudar por muito anos esta temática, não quer dizer que eu te consiga dar todas as respostas. Ou pelo menos apresentar-te algum tipo de método científico no que diz respeito ao tarot. O tarot, tal como outras ciências designadas esotéricas, faz uso do simbólico.

Como sabes, nós não somos só aquilo que podemos ver do mundo. Somos um pouco mais que isso. Não somos só consciente. Somos inconsciente também. E este fala connosco de uma forma desconexa, através de sonhos por exemplo. A nossa psique é complexa, não é preciso ter formação em psicologia, como eu tenho, para saber isso. Eu também estudei o método científico, e entendo a necessidade de existirem balanças ou outros instrumentos que permitam medir tudo aquilo que se pensa ser mensurável. Mas essa não é a minha única medida para observar o mundo.

Podia dizer-te para leres Masaru Emoto, que explica de forma simples como a água é influenciada pelos ambientes/energia a que é sujeita. Nós somos 70% de água.

Podia aconselhar-te Fritojof Capra, com o Tao da Física e o Ponto de Mutação, livros nos quais ele faz brilhantemente a ponte entre o misticismo e a física.

Podia aconselhar-te a ler Freud, pioneiro a falar em inconsciente pessoal e consequentemente Carl Jung, responsável pela abordagem ao inconsciente colectivo, arquétipos e teoria da sincronicidade.

Podia aconselhar-te os estudos de Stanislav Grof em estados alterados de consciência.

Podia falar-te da teoria do Caos, do efeito borboleta do Lorenz, do caos determinístico.

Podia falar-te da mitologia, da astrologia, da numerologia, das runas, da quiromancia..

Passei por quase todas as teorias numa tentativa vã de tentar compreender aquilo que não é preciso ser compreendido. Pelo menos para mim. Tenho a minha teoria, que faz sentido e que é resultado de estudos paralelos ao do Tarot.

A minha teoria diz-me que somos energia, somos influenciados e influenciamos os outros com a nossa energia. E que ela, a energia, arranja formas insconscientes de se manifestar. De uma forma ou de outra acaba por ter a sua voz. Nem sempre, conseguimos entender essas manifestações. Uma vez por outra temos vontade de perceber, só que por vezes o filtro da nossa subjectividade não nos permite ver um pouco mais além. As cartas que saem, só saem porque têm de sair. Do caos apresenta-se a ordem, e as coincidências significativas podem estar à espreita de serem interpretadas à luz de quem as quer interpretar.

Acho que desta forma a escala dicotómica do Faz-me Sentido e do Não me Faz Sentido para mim é suficiente. Pode ser medido se quiseres eu não quero medir. A minha teoria feita à minha medida não mede.


Desculpa não te poder ajudar a esclarecer a tuas dúvidas a cerca deste género de coisas. Não vejo credibilidade nenhuma em horóscopos de jornais. Isto, porque estudei astrologia e sei como funciona o sistema astrológico. Tu já estudaste astrologia?

Sim, e nós ficamos contaminados com tudo aquilo que a somos expostos. Até com a TV.

Existe risco em tudo o que se faça. Mas acho que estamos a perder o cerne da questão. Mais uma vez, a leitura depende da pessoa que está a analisar a tiragem. É disso que falo no inicio do post. E na resposta ao teu outro comentário. Eu tive a oportunidade de estar com dois médicos a analisar a mesma situação. Duas respostas diferentes. Podia ter optado por ter ficado contaminada com a primeira resposta. Certo?


As leituras de tarot são como tu quiseres. Tens a leitura que tu quiseres. Os processos activos no agora podem ser aqueles que tu quiseres. O tarot pode contar o passado e o futuro. Pode ajudar a encontrar respostas interiores, podem dar azo a mais perguntas e dúvidas. Tudo depende da pessoa que lê e da disponibilidade/recepetividade da pessoa que está a ser lida.

Vais perguntar-me a mim se tens uma dor de cabeça? Não sou bruxa. Brincadeirinha.

Sou uma intuitiva que usa as imagens do tarot, em vez de usar pedras de calçada para falar de quem está a minha frente. Se for fundamental falar da tua dor de cabeça, pois falar-se-á, se isso for relevante. O tarot é uma desculpa, como as pedras da calçada também poderiam ser. O mundo das imagens está ao alcance de quem quiser. Tu podes ler tarot Miguel, não queres experimentar?

Neptuna disse...

ps: Quais as grandes diferenças entre as leituras de tarot e as dos horóscopos?
Só esta resposta dava para escrever um post por isso vou ser breve.

No tarot é realizado um ou vários lançamentos de cartas no momento para a pessoa que está a minha frente. Posso trabalhar uma questão ou várias questões que surgem aquando a tiragem. Falo em padrões de comportamento, arquétipos, potencialidades, pontos fortes, pontes menos fortes, bloqueios e desbloqueios… etc. etc… falo da energia do aqui e agora dessa pessoa.

O horóscopo trabalha a matriz energética aquando o momento do nascimento. Ou seja, a fotografia tirada ao céu no momento do teu nascimento, aspectos fluidos e tensos, os respectivos trânsitos a esses aspectos natais, progressões etc….. mais uma vez fala-se padrões de comportamento, potencialidades, arquétipos, pontos fortes, pontes menos fortes, bloqueios e desbloqueios… etc. etc… falo da energia do aqui e agora dessa pessoa..

Neptuna disse...

Hélio, acho que um dia vamos todos chegar a mesma conclusão, andamos a usar linguagens diferentes para explicar o mesmo e ninguém está errado. cada um explica um bocadinho do todo, e julga que falou do absoluto... andamos é incompletos ainda.

Lita disse...

Querida Neptuna, deixa-me antes de qualquer outra coisa estender-te os braços, abraçar-te forte e reverenciar-te pela forma maravilhosa como mostraste o teu brilho, a tua inteligência e a tua humildade.

Deixa-me agora concluir o teu raciocínio de uma forma um tanto ou quanto ... lol... mágica! A diferença entre uma leitura de tarot e de astrologia? Na prática? Já fiz algumas leituras de mapas a pessoas que fizeram, logo em seguida uma leitura de tarot (chamamos-lhe o encontro de bruxas - lol - e fazemo-lo uma a duas vezes por ano). E garanto-te que é arrepiante como a sincronicidade, mais uma vez, surge.

A física quântica mostrou aquilo que tantos sábios nos tentavam dizer há milénios. O que está é cima é como o que está em baixo. O universo está contido numa simples partícula. Somos todos energia e estamos todos ligados.
E chega de divagar. Parabéns por seres quem és!

Neptuna disse...

:) Obrigada pelo aconchego da tua resposta, e pela tua brilhante capacidade de síntese! era isso que eu queria ter dito... em tão poucas linhas... :)

Neptuna disse...

abraço apertado para ti também..!

Miguel Montes disse...

Mais uma vez obrigado por responderes. Percebo que seja complicado explicar a um leigo da matéria como eu, que faz perguntas estapafurdas e que tenta querer perceber logo tudo, como funcionam as coisas. Mas já deu para ficar a perceber bem mais do que sabia antes (que era zero).

Na altura mais oportuna, logo te peço para me falares do caos determinístico, da mitologia, da numerologia, das runas e da quiromancia. Agora não, porque sinto que já abusei demasiado do teu tempo, da tua boa-vontade e da tua paciência.

Já ouvi falar de alguns dos autores que mencionas, mas não de todos. Vou tentar pesquisar mais sobre a matéria.

Também não estudei astrologia. Mas por outro lado, gosto e pode-se dizer que "estudo" astronomia todos os dias. Isto cria aqui uns atritos, como deves imaginar. Mas a tua explicação das diferenças entre os horóscopos e o tarot foi-me importante. No fundo, o objectivo é o mesmo, só muda é o modo de aplicação.

Também nunca experimentei ler tarot. Acho que a minha ligação com o esotérico não está assim tão afinada, hehehe. Devia dar um péssimo leitor de cartas.

Obrigado pelas explicações!

Beijocas!!

Neptuna disse...

Não tens de quê Miguel!!

Nada é complicado, somos nós que complicamos as coisas. E falo de mim (podia ter exposto as coisas de forma mais simples, mas ainda não sei faze-lo).

Terei muito gosto em falar de todos esses temas, numa fase mais à frente.

Como tu sabes eu estudei astronomia durante algum tempo, inclusive contigo. E a astronomia ajudou-me a perceber alguma da mecânica da astrologia. Entendo que possa causar alguns atritos, mas para mim funcionou como degrau para subir um pouco mais no meu conhecimento astrológico.

Um dia logo experimentas.. quem sabe se não vais gostar?? :)

Beijinhos!

Kayla disse...

UAU!
Adorei esta troca de ideias!

Também sou leiga nestes assuntos(sinto-me uma penetra aqui), mas a minha experiência de vida ensinou-me que tudo é possivel incluindo o que não conhecemos!...e que as sincronicidades ás vezes simplesmente acontecem mesmo sendo inexplicáveis...

p.s.
adorei o blog!

Neptuna disse...

:)

Kaila, obrigada pela tua visita, pelo teu comentário e pelo teu ps! é verdade, se há coisas que a vida também me tem ensinado é que não há certezas de nada e com o passar do tempo cada vez temos menos certezas... e que o essencial é invisível aos olhos.
Beijinhos

ps: não tens que te sentir penetra por aqui, muito pelo contrário, gostaria que te sentisses em casa! volta sempre!