segunda-feira, dezembro 10, 2007

Dia Internacional dos Direitos Humanos - Eleutheria


Artigo 3.º
Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

(in Carta Internacional dos Direitos Humanos - Declaração Universal dos Direitos Humanos)


Indivíduo - "que não está dividido", sinónimo de indiviso ou de uno

Direito - "arte do meu e do teu (...)"

Vida - do latim "vita". Existência.

Liberdade - do grego eleutheria. liberdade da escravidão, independência, ausência de comedimento, negação de controle ou domínio, liberdade de acesso.

Segurança - "sem preocupações", "ocupar-se de si mesmo" (se + cura), "um mal a evitar".


Não teremos que aprender a ser unos, para poder ensinar a importância de estarmos em nós?

Não teremos que aprender a arte do meu e do teu para a ensinar?

Saberemos nós o verdadeiro significado da Existência?

Saberemos nós dizer não?

Sabemos ocuparmo-nos de nós mesmos para podermos ocupar-nos do outro?

Terão todos os seres humanos acesso pleno a este direito?

Quem ensina a activar o potencial de decisão em todos nós e o poder que esse ensinamento por si só abarca?

É da nossa responsabilidade a liberdade e a vivência em comunidade. É da nossa responsabilidade não reagir e fechar os olhos ao que incomoda. É da nossa responsabilidade dar a mão ao próximo. A arte do meu e do teu espaço, a arte da minha e da tua existência, a arte da nossa consciência colectiva é minha e tua também.

"Os regimes que reprimem a liberdade da palavra, por se incomodarem com a verdade que ela difunde, fazem como as crianças que fecham os olhos para não serem vistas."
Luwding Borne

11 comentários:

Fábio Mayer disse...

A melhor forma de fazer os DH serem respeitados é por meio da palavra que levra ensinamento que leva à cultura que leva ao desenvolvimento da alma.

Quando isso for universal, os direitos humanos também o serão!

Neptuna disse...

Exactamente, precisamos ainda muito de aprender acerca desta temática, todos nós, por forma a contribuir para a plena acção dos DH.

SAM disse...

Miga, taí uma boa análise só de um artigo.

Sugiro-te (como não me farto de fazer :-) a leitura de Frankl! Ele diz que somos Individuum e Insumabile: não nos dividimos em pedaços separados de mente, alma ou corpo, nem nos podem ser agregados novos pedaços.

No entanto, como existir é ex-sistir, somos compelidos a viver para o "ex", isto é, para fora, para os outros. Não somos somabilizáveis, mas somos propensos à vivência com os demais, numa procura colectiva de sentido (seja isso o que for!).

Por isso, uma vez mais, diria que se o céu são os outros (parafraseando a Marcel), só me resta dizer que tu fazes parte do meu céu, amiga querida!

Obrigado por isso!

Neptuna disse...

:)

obrigada eu pelo convite à participação e pelo comentário tão bonito. :)

Anónimo disse...

quando foi que nos perdemos...?

quando foi que perdemos a fé naquilo que é essencial e fundamental à existência em pleno do ser divino?

quando foi que passámos a entender que existe necessidade de unir esforços para proteger uma criança de seres "iguais" a nós?

quando passamos a ser os nossos próprios predadores...?

Será que no dia em que os artigos incluídos nos direitos da criança forem partilhados culturalmente,em ensinamento escolar nas aulas de história, como uma frágil convenção primordial orientada por e para mentes iluminadas, que existia naquele passado obscuro,
significa também que os direitos humanos são registos rupestres dos primeiros passos para uma realidade verdadeira de consciência universal?


o Homem que nem sequer o seu planeta respeita...
como iria respeitar o seu semelhante...?

O fruto que nao respeita a sua semente condena-se a si mesmo à inexistencia...

culpar os senhores grandes,
pRESIDENTES,
poLITICOS,
chefes de Estado... porquê?
eles são apenas a representação daquilo que
temos que mudar...

e com isto tudo divaguei demais...

para desanuviar,
enquanto lia e relia estas palavras lembrei-me de algo mais leve...
lembrei-me de uma musica... Não é um hino à liberdade... não é uma erudita e magnifica sinfonia de Wolfgang Amadeus Mozart nem uma deliciosa sonata de Ludwig van Beethoven...

mas que humildemente diz assim:

"MUDA que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda para a frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro"
(gabriel o pensador)


Amiga,

um beijo e um abraço
de luz.
obrigado

Lita disse...

Obrigada pelo texto magnífico.
Gosto muito dessa palavra: Responsabilidade. Que cada um assuma a sua cota parte e mude aquilo que pode mudar.

Luma Rosa disse...

Ah Neptuna! Sou chegada no artigo 29° este não me afasta dos deveres. Beijus

Unknown disse...

Vida é tudo e garantir esse direito, é fundamental....
Abraço e parabéns pelo post

Neptuna disse...

Salvador, para quando um blog com os teus pensamentos? Pensa nesta sugestão..

Lita, obrigada mais uma vez pelo teu comentário. É muito bom esta partilha via internet, visto que pouco nos temos visto ultimamente..

Luma, gostava que houvesse mais gente "chegada" ao 29º artigo. Abençoadas pessoas como você! Beijinhos!

Professor Sérgio, concordo plenamente: garantir este direito e em conjunto com todos os outros é fundamental! Obrigada pelo comentário, Abraço.

Ceci disse...

AMIGA NEPTUNA,
SEU ARTIGO VALE POR TANTA REFLEXÃO!!! VC FALA DA PLENITUDE DO SER, DA ARTE DE CONVIVER, DE TOLERAR, DA GRANDE CONSCIÊNCIA. FIQUEI ENCANTADA COM SUA EXPRESSÃO.
SE PERMITIR, A COPIO PARA ENVIAR A OUTRAS PESSOAS DO MEU CONHECIMENTO.
ABRAÇOS

Neptuna disse...

Oi Ceci!

Fiquei comovida com o seu comentário! Obrigada pelo seu feedback!

Claro que permito que copie para enviar para os seus contactos!

Beijinhos